Autonomia e dignidade em Kant: o suicídio como violação do "dever pelo dever" e suas novas interpretações no campo da bioética

• Autores: Andrei Ferreira de Ataújo Lima, Thadeu Weber
• Localización: Quaestio Iuris, ISSN-e 1516-0351, Vol. 14, Nº. 3, 2021, págs. 1039-1059
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Autonomía y dignidad en Kant: el suicido como una violación del “dever por dever” y sus nuevas interpretaciones en el ámbito de la bioética
  • Autonomy and dignity in Kant – suicide as a violation of "duty for duty'S sake" and its new interpretation in the field of bioethics
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• Resumen
  • español

    El filósofo alemán, Immanuel Kant, quien enseña que la autonomía es el núcleo de la dignidad de la persona humana, fue categórico al afirmar que el suicidio viola una acción del “deber por deber”, es decir, que no se trata de una acción moral perfecta, por lo tanto, no es universal y sin posibilidad de excepciones. Sin embargo, esa misma dignidad fuertemente entrelazada con la autonomía ha sido objeto de varios estudios y interpretaciones en el campo de la Bioética, especialmente por la corriente del “principialismo”. Así, el objetivo era analizar, con base en el método hipotético-deductivo, la validez de los argumentos del razonamiento antes mencionado, ya que Kant, el marco teórico principal, se oponía perentoriamente al suicidio. La investigación partió del concepto y relación entre autonomía, autodeterminación y dignidad de la persona humana. Luego, buscamos demostrar la interpretación kantiana del tema propuesto, así como la reinterpretación de autores como Rawls, Dworkin, Beauchamp, Childress, Kress, Hufen, McHaman, et al,. Finalmente, se ha verificado una posible armonización de los principios y derechos fundamentales antes mencionados, llegando a la conclusión sobre la plausibilidad de la existencia de un derecho a la muerte, no de manera indiscriminada, sino digna y juiciosa, sustentada en criterios objetivos e inalienables

  • English

    The German philosopher Immanuel Kant, who argues that autonomy is the core of human dignity, was categorical in stating that suicide violates an action of "duty for duty", which means, it is not a perfect moral action. Therefore, it cannot be universalized and without any possibility of exceptions. However, this same dignity strongly intertwined with the autonomy has been the target of several studies and interpretations in the field of Bioethics, notably by the “principlism” current. Thus, the main purpose is to analyze, from the hypothetical-deductive method, the validity of those arguments, since Kant, the main theoretical reference, was peremptorily opposed to suicide. The investigations began with the analyses of the concept and relationship between autonomy, self-determination and dignity of the human being. Then, we sought to demonstrate the Kantian interpretation of the proposed theme, as well as reinterpretation of authors such as Rawls, Dworkin, Beauchamp, Childress, Kress, Hufen, McHaman, et al,. Finally, it was recognized as a possible harmonization between the principles and fundamental rights in discussion, reaching the conclusion of the plausibility of the existence of a right to die, not indiscriminately, but in a dignified and judicious manner, supported by objective and inalienable standards.

  • português

    O filósofo alemão, Immanuel Kant, que preleciona ser autonomia o núcleo da dignidade da pessoa humana, foi categórico ao afirmar que o suicídio viola uma ação do “dever pelo dever”, ou seja, não se trata de uma ação moral perfeita, logo, não universalizável e sem possibilidade de exceções. Porém, essa mesma dignidade fortemente imbricada com a autonomia tem sido alvo de diversos estudos e interpretações no campo da Bioética, notadamente pela corrente “principialista”. Ao buscar soluções práticas para temas como o fim da vida (suicídio, ortotanásia, eutanásia, etc.), diversos autores contemporâneos fundamentam um possível direito à morte com base nos postulados kantianos. Destarte, objetivou-se analisar, a partir do método hipotético-dedutivo, a validade dos argumentos da referida fundamentação, uma vez que Kant, principal referencial teórico, posicionou-se peremptoriamente contrário ao suicídio. Em que pese a aparente contradição, a reinterpretação de autores como Rawls, Dworkin, Beauchamp, Childress, Kress, Hufen, McHaman, et al, a partir do conflito e conformação entre autonomia, dignidade da pessoa humana e direito à vida, parece apresentar uma resposta plausível quanto à existência de um direito à morte, não de forma indiscriminada, mas de forma digna e criteriosa.