O folhetim é uma “entidade literária” bastante complexa e, segundo Antônio Candido - em nota prévia para o livro folhetim: uma história, de Marlyse Meyer - um assunto mal estudado no Brasil. Esta nota prévia foi publicada em 1996, mas ainda nos dias de hoje é perceptível um déficit de estudos sobre este fenômeno literário. Isso pode ser explicado por ser a literatura folhetinesca considerada um gênero literário desvalorizado desde o berço, onde escritores como Flaubert fugiam do modelo fragmentado por não ser uma arte considerada bela, uma literatura “séria”, uma arte pela arte. No entanto, para a história, esta literatura constituiu-se em uma fonte valiosa. Ora, estamos falando dos primórdios da literatura brasileira! E é esta a proposta deste ensaio: fazer uma reflexão sobre o uso deste gênero literário na pesquisa histórica.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados