This paperthematizesa certainmode of circulation oflanguage practicescharacterizedby theturbulentrelationship establishedinBrazilsince the mid-1960s until theearly 1980sbetweenhegemonicvoices which claimed theallegedlegitimacy of enouncing,andvoices thatrefused to keep silent in face of thevetoof censorship. Gonzaguinha, our case study, knew how tocondense humanexperience in order to highlightthe kind of gamethat needed to beplayed, looking for "loopholes of language"to denouncethe arbitrarinessof the currentdictatorialsystem.Making use of theword sung, he managed to speak, despite censorship. He didn‟t dissimulate nor hidthings that couldn‟t be hidden,paying, therefore,the high price of having his voice silenced
O artigo tematiza um determinado modo de circulação das práticas linguageiras caracterizado pela conturbada relação que se estabeleceu no Brasil a partir de meados dos anos 1960 até o início dos anos 1980 entre vozes hegemônicas, pretensas detentoras da legitimidade do dizer, e vozes que se recusaram a se silenciar diante do veto da censura. Gonzaguinha, nosso estudo de caso, soube como poucos condensar a experiência humana para mostrar o jogo que precisava ser jogado, procurando as “brechas da linguagem” para denunciar as arbitrariedades do sistema ditatorial vigente. Fazendo uso da palavra cantada, falou, apesar da censura. Não dissimulou nem escondeu o que não dava para ocultar, pagando, por isso mesmo, o alto preço do silenciamento de sua voz.
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