O texto em pauta busca sublinhar os traços de modernidade presentes numa extensa obra poética que Alvares de Azevedo produziu em 1848: o teor metalingüístico, a emissão em cascata, o selo da obra inconclusa, o enigma da autoria, a proliferação de identidades e, enfim, a autonomia da obra artística. A ruptura de gêneros, a fragmentação narrativa, a imagética movente e sensorial, as modulações rítmicas e psíquicas, além de certos motivos de ordem semântica são, aqui, ditos "complexo de Lopo", numa vontade de nomear os efeitos que dimensionam, em Alvares de Azevedo, o poeta maldito para a posteridade.
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