O crioulo ou língua guineense desenvolveu-se a partir do secular e continuado contato com os colonizadores portugueses. Teve a função social de língua veicular entre os falantes de origens das mais diversas, passando ao estatuto de idioma autônomo, tanto do ponto de vista gramatical quanto lexical. Hoje é considerada língua da unidade e da identidade nacionais, sendo crescente a incidência de falantes que têm o crioulo como primeira - e mesmo única - língua, sobretudo nos centros urbanos. Como segunda língua (falada depois da língua étnica), a percentagem eleva-se aos 90% ou mais, enquanto não atinge os 10% o número de falantes do português, língua oficial do país. Não existe ainda uma ortografia normatizada do crioulo, o que dificulta (mas não impede) a expressão escrita. Além da transliteração da oratura e de folhetos populares de propaganda política ou com fins educativos ou utilitários, praticamente todos os escritores guineenses utilizaram ou utilizam, com maior ou menor freqüência, a língua guineense.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados