Mercedes Sebold, Ana Carolina Monteiro Freitas Henriques
The present study aims to analyze the representation of the varieties of Portuguese in the guiding documents for teaching / learning Portuguese as a Foreign Language (henceforth PLE). In the context of teaching PLE outside countries that have Portuguese as their official language, we find a large number of teachers who do not have specific language training. The promising job market in some countries absorbs speakers of other languages who have taken short courses or even professionals from other areas who have Portuguese as their mother tongue. Such professionals are not always familiar with notions such as standard language, cultured norm, linguistic variation. In these contexts, the guiding documents can offer subsidies for the planning of courses, assessments and even as the only source of theoretical reference for teachers with little or insufficient theoretical training. It is worth asking the following question: how do such guiding documents contribute to giving visibility to the varieties of Portuguese? This is the central question that we set out to answer. To this end, we analyzed some documents aimed at the systematization of content for the teaching / learning of PLE. The results show that, in most cases, such documents still offer little information that could promote the representation of the Portuguese varieties in the PLE classroom.
O presente estudo tem por objetivo analisar a representação das variedades do português nos documentos norteadores para o ensino/aprendizagem de Português Língua Estrangeira (doravante PLE). No contexto de ensino de PLE fora dos países que têm o português como língua oficial, encontramos um grande número de professores que não têm formação linguística específica. O mercado de trabalho promissor em alguns países absorve falantes de outras línguas que fizeram cursos de curta duração ou ainda profissionais de outras áreas que têm o português como língua materna. Tais profissionais nem sempre estão familiarizados com noções como língua padrão, norma culta, variação linguística. Nesses contextos, os documentos norteadores podem oferecer subsídios para o planejamento de cursos, avaliações e até mesmo como única fonte de referência teórica de professores com pouca ou insuficiente formação teórica. Cabe propor então a seguinte questão: como tais documentos norteadores contribuem para dar visibilidade às variedades do português? Esta é a pergunta central a que nos propusemos a responder. Para tal, analisamos alguns documentos voltados para a sistematização de conteúdos para o ensino/aprendizagem de PLE. Os resultados mostram que, na maioria das vezes, tais documentos ainda oferecem escassa informação que poderia fomentar a representação das variedades do português na sala de aula de PLE.
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