Brasil
Nas duas últimas décadas têm aumentado assustadoramente os relatos de estudantes que sofreram atos de violência dentro da escola porque exerceram a sua sexualidade, a sua ideologia ou a sua religião. Dentro das escolas ou em seus entornos temos idêntica situação. Mesmo considerando as particularidades regionais ou situacionais percebe-se que as manifestações de ódio se multiplicaram por todo o país. Temas ou slogans fascistas não estão enterrados ou banidos como se pensava. As crianças e adolescentes são, como todos e todas, sujeitos de seu tempo histórico e de seu contexto político, cultural e econômico. Cada forma de organizar nossa vida social deixa suas marcas, cria seus sintomas e liberta seus fantasmas. Em uma sociedade de classe, o desejo é capitulado pelas armadilhas do consumo e da manutenção da estrutura. Há poucas rotas de fuga e as contradições são escondidas de modo manifesto ou latente. Há de se decifrar os portais da emancipação.
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