“Eu não sigo tendência”: o uso e o não uso de relatórios de tendências de moda por designers no Brasil e na Alemanha

• Autores: Amanda Queiroz Campos
• Localización: dObra[s]: revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, ISSN 1982-0313, ISSN-e 2358-0003, Nº. 32 (maio-agosto), 2021, págs. 153-167
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • “I do not follow trends”: the use and non-use fashion trend reports by designers in Brazil and Germany
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• Resumen
  • English

    In the fashion system, fashion trends organize to a greater or lesser extent the launch calendar for collections that renew the market each year. The companies responsible for editing fashion trends in reports are called bureaux de style. This work aims to understand how fashion designers make use of these reports. Thus, an interpretative investigation was conducted, following the methodology of Grounded Theory. The data were collected through interviews with fashion designers in Brazil and Germany and analyzed following the steps of codification and in the light of Critical Realism (BHASKAR, 2008) and the Theory of Structuring (GIDDENS, 1991). As the focus defined for the research was that of a fashion system, I adopted the endogenous justification for the existence of trends (ERNER, 2012; GODART, 2005). The work evidenced a speech that, at first glance, denies the use of fashion trend reports. However, almost all respondents have (paid for) access to them. Therefore, I developed a scheme that denotes different levels of usage of trend reports from bureaux de style, expanding the concept its usage.

  • português

    No sistema da moda, as tendências organizam em maior ou menor grau o calendário de lançamento de coleções que renovam o mercado a cada ano. As empresas responsáveis por editar as tendências de moda em relatórios (reports) são denominadas bureaux de style. Este trabalho teve como objetivo compreender a forma como esses relatórios são usufruídos contemporaneamente por designers de moda. Assim, conduziu-se uma investigação interpretativa, seguindo-se a metodologia da Teoria Fundamentada nos Dados. A coleta dos dados se deu por meio de entrevistas com designers de moda no Brasil e na Alemanha e foram analisados seguindo as etapas de codificação, à luz do Realismo Crítico (BHASKAR, 2008) e da Teoria da Estruturação (GIDDENS, 1991). Como o recorte definido para a pesquisa foi a de um sistema da moda, adotou-se como ponto de partida a justificativa endógena para as tendências (ERNER, 2012; GODART, 2005). O trabalho evidenciou um discurso que, à primeira vista, nega o uso dos relatórios de tendências de moda. Todavia, quase a totalidade dos entrevistados têm (pago pelo) acesso a eles. Sendo assim, desenvolveu-se um quadro que denota diferentes níveis de uso dos relatórios de tendências dos bureaux de style; ampliando a concepção de seu uso.