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Mário de Andrade: Um (socio)linguista folk

    1. [1] Universidade Federal de Mato Grosso

      Universidade Federal de Mato Grosso

      Brasil

  • Localización: Fórum Linguístico, ISSN-e 1984-8412, Vol. 16, Nº. 4, 2019, págs. 4271-4284
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Mário de Andrade: Un (socio) lingüista folk
    • Mário de Andrade: A folk (socio)linguist
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      Este estudio se inspiró en el artículo de Paveau (2018) sobre lingüística folk y la posibilidad de que los no lingüistas produzcan saberes lingüísticos. Escapar del binario cartesiano - lingüistas versus no lingüistas - propone un continuum que va del lingüista profesional al hombre común. Era imposible, en el momento de leer este artículo, no pensar en Mário de Andrade como un lingüista folk. Deseando establecer una norma lingüística brasileña, formalmente coherente con la expresión literaria nacional, hasta ahora retenido del estándar lusitano, el escritor modernista se esforzó, en una visión globalizadora, a través del proyecto de Gramatiquinha, para capturar el discurso promedio de los brasileños que identificarían a los hablantes rurales y urbanos, de diferentes regiones del país y de todas las clases sociales. En el continuo propuesto por Paveau (2018), hay un lugar para escritores y ensayistas que realizan descripciones e intervenciones en el estatuto lingüístico. Es desde esta perspectiva que uno reflexiona sobre las declaraciones de Mário que lo convierten en una especie de sociolingüista avant la lettre.

    • português

      Este estudo foi inspirado pelo artigo de Paveau (2018) sobre a linguística folk e sobre a possibilidade de não linguistas produzirem saberes linguísticos. Fugindo ao binarismo cartesiano – linguistas versus não linguistas –, ela propõe um continuum que vai do linguista profissional ao homem comum. Foi impossível, no momento da leitura desse artigo, não pensar em Mário de Andrade como um linguista folk. Desejando estabelecer uma norma linguística brasileira, formalmente coerente com a expressão literária nacional, até então refém do padrão lusitano, o escritor modernista empenhou-se, numa visada globalizante, por meio do projeto da Gramatiquinha, para captar o falar médio dos brasileiros que identificaria falantes rurais e urbanos, das diversas regiões do país e de todas as classes sociais. No contínuo proposto por Paveau (2018), há um lugar para escritores e ensaístas que realizam descrições e intervenções no padrão linguístico. É nessa perspectiva que se reflete sobre enunciados de Mário que fazem dele uma espécie de sociolinguista avant la lettre. 

    • English

      This study was inspired by Paveau’s article (2018) on folk linguistics and on the abilities of non-linguists to produce linguistic knowledge.   The author abandons the Cartesian binarism – linguists versus nonlinguists – and proposes a continuum which goes from the professional linguist to the ordinary man. It was impossible, at the time of reading that article, not to think of Mário de Andrade as a folk linguist. He was keen to establish a Brazilian linguistic norm, formally consistent with the national literary expression hitherto hostage of the Lusitanian grammar pattern. In a globalizing vision, the modernist writer endeavored to capture the average speech of Brazilians through the Gramatiquinha project, which would identify rural and urban speakers from the various regions of the country and from all social classes. In the continuum proposed by Paveau (2018), there is a place for writers and essayists who make descriptions and interventions in the standard linguistic norms. It is, therefore, in this perspective that  this paper sets out to provide reflections on Mário’s utterances which make him a kind of sociolinguist avant la lettre.


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