Colombia
El presente artículo expone los resultados de una investigación doctoral que partió del reconocimiento que los discursos producen realidades y subjetividades. Llama la atención la emergencia de discursos gubernamentales sobre la formación crítica de profesores de matemáticas para la transformación individual y social de la población colombiana. La investigación que se reporta, quiso dar cuenta de las prácticas discursivas que se construyen desde 2000 hasta 2015, para establecer el tipo de ser profesor de matemáticas que se produce y esto relacionarlo con las preocupaciones de tipo social del país. Esta problematización se abordó haciendo uso de la caja de herramientas arqueológicas y genealógicas foucaultianas, pues ellas permiten abordar la subjetividad como producto de un complejo entramado de relaciones de saber y poder.
Se logra mostrar como sobre la formación crítica de profesores por lo menos se observan dos registros que se oponen en sus finalidades sociales, particularmente los discursos gubernamentales producen subjetividades de profesores con una idea de crítica como pensamiento crítico para resolver problemas asociados a la producción y consumo material e inmaterial, es decir, estos discursos fabrican subjetividades útiles al sistema económico hegemónico. Develar esta normalidad, desnaturalizarla, dejar de aceptarla como buena o necesaria en sí misma, permite establecer la emergencia de sujetos profesores de matemáticas que propongan maneras distintas de ser en relación con otra idea de crítica ligada a la formación democrática, a la ciudadanía crítica, a la paz y la justicia social.
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que partiu do reconhecimento do que os discursos produzem realidades e subjetividades. O problema que abordou foi o surgimento de discursos governamentais sobre a formação crítica de professores de matemática para a transformação individual e social da população colombiana. A pesquisa pretendeudar conta das práticas discursivas que se constroem de 2000 a 2015, para estabelecer o tipo de ser professor de matemática que propõee este relacioná-lo com as preocupações sociais do país. Essa problematização foi abordada valendo-se da caixa de ferramentas foucaultiana, pois ela permitem abordar a subjetividade como produto de uma complexa rede de relações saber e poder. Foi possível mostrar como na formação crítica de professores de matemáticas os discursos governamentais produzem subjetividades dos professores com uma ideia de crítica como pensamento crítico para resolver problemas associados à produção e consumo material e imaterial, ou seja, esses discursos fabricam subjetividades úteis ao sistema econômico hegemônico. Desvendar essa subjetividade, desnaturá-la, deixar de aceitá-la como boa ou necessária em si mesma, permite estabelecer a emergência de sujeitos que são professores de matemática que propõem diferentes modos de ser em relação a uma outra ideia de crítica ligada à formação democrática, à cidadania crítica, à paz e à justiça social.
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