Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


“Só a antropofagia nos une”. Missa dos Quilombos a partir de uma (est)ética antropofágica

    1. [1] Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

      Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

      Brasil

  • Localización: Teoliterária, ISSN-e 2236-9937, Vol. 11, Nº. 23, 2021 (Ejemplar dedicado a: Teotopias - Lugares de encontro entre teologias e literaturas), págs. 419-445
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • “Só a antropofagia nos une”Missa dos Quilombos from an anthropophagic (est) ethics
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      In Brazilian Modernism, Oswald de Andrade posed the challenge of thinking about a national ontology based on an anthropophagic reading of historical rea-lity. His thesis was rooted in the traumatic recognition of the civilizational contact of peoples and in the substantial acceptance of the anthropological heritage of the original peoples. going beyond the conception of a poetic reverie or literary aesthetics, the theme of anthropophagy requires the body as an element in which history is made and realized. If the statement that “only anthropophagy unites us” is true, then we are faced with a “look at the world” from the perspective of bodies that meet and refuse each other. Since the understanding of national history is based on the clash of forces of power and subordination relations, the Oswaldian thesis can address the conclusion of finding in anthropophagy a mediation for a substantial understanding of the human question. In this perspective and consi-dering the challenge of reevaluating an epistemology based on these questions, could we ask what historical events could point to the realization of your thesis? A proposed path, which combines the substantialization of historical elements inheri-ted from the traumatic encounter, would be the famous, and no less controversial, Missa dos Quilombos. Being a synthesis of the encounter between the colonizing body and the colonized body, the Mass becomes a field of possibilities that delves deeply into our cultural roots and extracts its matter of reevaluation. Under the sign of the whip, whip and spilled blood that mark our heritage from the writing of bodies in historical time, the Missa dos Quilombos invites us to a new look at the human and our own history. Reviving historical dramas in the flesh of the black people, the Missa dos Quilombos celebrated a utopia that went beyond the limits of a ritualistic aesthetic and was carried out in a human ethic. Revisiting this ritual allows us to shed light on the Oswaldian concept of anthropophagy and its “palpable existence in life”, thus re-signifying the very Christian conception of otherness, which neces-sarily requires the body in its constitution.

    • português

      Já no Modernismo brasileiro Oswald de Andrade colocou o desafio de se pensar uma ontologia nacional a partir de uma leitura antropofágica da realidade histórica. A sua tese fincava raízes no reconhecimento traumático do contato civilizacional dos povos e na aceitação substancial da herança antropológica dos povos originários. Para além de um devaneio poético ou estética literária, o tema da antropofagia requer o corpo como elemento em que a história se faz e se realiza. Se é verdade a assertiva que “só a antropofagia nos une”, então nos colocamos diante de um “olhar o mundo” a partir da perspectiva dos corpos que se encontram e se rechaçam mutuamente. Sendo a compreensão da história nacional baseada no embate de forças das relações de poder e subordinação, a tese oswaldiana pode se dirigir à conclusão de encontrar na antropofagia uma mediação para um entendimento substancial da questão humana. Nessa perspectiva e tendo em consideração o desafio de reavaliar uma epistemologia a partir destas questões, poderíamos interrogar que acontecimentos históricos poderiam apontar para a realização de sua tese? Um caminho proposto, que conjuga a substancialização dos elementos históricos herdados do encontro traumático seria a famosa, e não menos polêmica, Missa dos Quilombos. Sendo uma síntese do encontro entre o corpo colonizador e o corpo colonizado, a Missa converte-se num campo de possibilidades que mergulha profundamente em nossas raízes culturais e extrai daí sua matéria de reavaliação. Sob o signo do chicote, açoite e sangue derramado que marcam a nossa herança a partir da escrita dos corpos no tempo histórico, a Missa dos Quilombos nos convida a um novo olhar sobre o humano e nossa própria história. Revivendo na carne do povo negro os dramas históricos, a Missa dos Quilombos celebrava uma utopia que extrapolava os limites de uma estética ritualística e se efetivava numa ética humana. Revisitar esse ritual nos permite lançar luzes sobre o conceito oswaldiano de antropofagia e sua “existência palpável da vida”, ressignificando, desta forma, a própria concepção cristã de alteridade, a qual requer, obrigatoriamente, o corpo em sua constituição.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno