A aproximação entre a literatura e a teologia depende do entendimento e da escolha das ferramentas metodológicas apropriadas. O respeito por aquilo que é próprio da arte literária e da ciência teológica é imperativo para que o produto desta aproximação afirme apenas os resultados que de fato derivam do diálogo. Um discurso sobre o método precisa reconhecer os principais instrumentos dialógicos e medir seus possíveis limites nesse processo. Este artigo, após recolher os mais conhecidos métodos e seus principais representantes, propõe um acostamento novo ao aproximar o método antropológico do reconhecido autor brasileiro nesse assunto, Antonio Manzatto, e um que compreende Deus como Interlocutor último de toda palavra humana, como é o método hermenêutico de Divo Barsotti, pouco refletido ainda no Brasil. Termina desenvolvendo uma reflexão entre a palavra literária, pela qual o autor cria e a Palavra Maior, o próprio Verbo de Deus que contem em si toda a potência criadora. Este artigo é extraído e é parte resultante da pesquisa na dissertação Pessoa, lugar e esperança. Teologia e literatura em Vidas Secas, apresentada na PUCRS.
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