As Políticas de assistência social à infância na governamentalidade neoliberal: estratégias de investimento em capital humano

• Capilheira, Carolina Dias ^[1] ; Mota, Maria Renata Alonso ; Lockmann, Kamila ^[2]
  1. [1] Universidade Federal do Rio Grande
  2. [2] Universidade Federal do Rio Grande - FURG
• Localización: Zero-a-seis, ISSN-e 1980-4512, Vol. 23, Nº. Extra 1, 2021, págs. 1132-1154
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Social policies for child welfare in the neoliberal governmentality: strategies of investment in human capital
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• Resumen
  • English

    This paper problematizes adjustments made in social policies for child welfare in Brazil, from the analysis of official documents of Criança Feliz Programme. Considering Foucault’s studies on neoliberalism in its North-American approach, the paper analyzes the strategies of investment in human capital put into action by the Programme, both those related to its innate and biological elements and those associated with acquired elements. The discourse claiming that the widest window of opportunities occurs in childhood is powerful to convince and govern subjects within the family. In poor childhood, the government of population is intended to contain social risks by investing in low-cost welfare and education projects with biopolitical goals attuned to the current rationality.

  • português

    O artigo problematiza as reconfigurações ocorridas nas políticas de assistência à infância no Brasil, a partir da análise de documentos oficiais do Programa Criança Feliz. Tomando as contribuições de Foucault sobre o neoliberalismo em sua vertente norte-americana, analisa as estratégias de investimentos em capital humano colocadas em ação pelo Programa Criança Feliz, tanto aquelas relacionadas aos seus elementos inatos e biológicos, quanto as relativas aos elementos adquiridos. O discurso de que a maior janela de oportunidades se dá na infância é potente para o convencimento e governamento dos sujeitos dentro da família. No caso da infância pobre, o governamento da população tem como objetivo conter os riscos sociais, investindo em projetos assistenciais e educativos de baixo custo, com intenções biopolíticas que vão ao encontro da racionalidade em que vivemos.