Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de “Chegou a hora de ucranizar!”: usos do passado e nacionalismo nas manifestações públicas em defesa de Jair Bolsonaro

João Camilo Grazziotin Portal, Lúcio Geller Júnior

  • English

    This article aims to reflect about the uses of the post-soviet Ukraine past in benefit of the sanitary, economic, political, and social crises of Jair Bolsonaro’s administration, triggered by the COVID-19 pandemic. The first section presents a discussion about the public memory of the left-wing in Ukraine, and defends that its contemporary politics is based on an idea of “reconquering” the past “stolen” by the Soviet Union (USSR), responsible for, above all, the rise of right-wing politicians and movements. The second session analyzes a confluence of public discursive manifestations in Brazil that draw on the experiences of the last decade in Ukraine to legitimize the need for a history to be “(re)built”. We argue that this call to action by the Brazilian extreme right is based on a dialog between national memories and seeks a return to a national colonization guided by Christianity, whiteness, cis-heteronormativity, masculinity, capacitism, and cultural homogeneity. These factors, supposedly, had been “stolen” by the progressive social policies of the last decades.

  • português

    O presente ensaio é uma tentativa de reflexão sobre os usos do passado da Ucrânia pós-soviética em benefício da crise sanitária, econômica, política e social do governo de Jair Bolsonaro, deflagrada pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19). A primeira parte apresenta uma discussão sobre as especificidades da memória pública da esquerda na Ucrânia, e defende que sua política contemporânea baseia-se em uma ideia de “reconquista” do passado “roubado” pela União Soviética (URSS), a cargo, sobretudo, da ascensão de políticos e movimentos de direita. A segunda parte analisa uma confluência de manifestações discursivas públicas no Brasil que valem-se das experiências da última década na Ucrânia para legitimar a necessidade de uma história a ser “(re)construída”. Argumentamos que essa incitação à ação por parte da extrema-direita brasileira é baseada num diálogo entre memórias nacionais, e busca um “retorno” a uma colonização nacional pautada pelo cristianismo, branquitude, cisheteronormatividade, masculinidade, capacitismo e homogeneidade cultural, fatores esses que, supostamente, teriam sido “furtados” pelas políticas sociais progressistas das últimas décadas.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus