Uma teologia moral “mais alimentada pela doutrina da Sagrada Escritura” (O.T. 16) foi um dos sonhos do Concílio Vaticano II, uma teologia capaz de evidenciar “a sublimidade da vocação dos fiéis em Cristo e sua obrigação de produzir frutos na caridade, para a vida do mundo”: uma teologia que ligasse, de uma maneira eficaz, a fé e a vida. Esta pequena reflexão sobre alguns aspectos do sexo e do matrimônio nas primeiras cartas paulinas propõe contribuir para a realização deste sonho no contexto brasileiro de hoje, um contexto missionário onde grandes segmentos da população não são atingidos, a não ser muito superficialmente, pela proclamação explícita do Evangelho, onde a miséria econômica esmaga a dignidade e a esperança de muitos e onde a própria Igreja está passando por uma fase de criatividade e, ao mesmo tempo, de receio diante desta criatividade, de coragem e de inquietações, de mudanças e reações. O desafio é como transformar a Palavra de Deus que se encontra na Bíblia numa luz que, longe de nos cegar pelo seu brilho, nos mostre o caminho...
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