Brasil
O turismo em áreas naturais é uma das modalidades que mais cresce nos dias de hoje. Considerando esta crescente procura por ambientes naturais, deve-se salientar que tais ambientes podem instigar a atratividade turística, principalmente por serem detentores de recursos naturais raros ou únicos no mundo. Ao mesmo tempo em que são raros, normalmente, são ambientes bastante frágeis à exploração, como é o caso das lagoas costeiras do Rio Grande do Sul. A peculiaridade da Planície Costeira sulbrasileira consiste na sua grande extensão e na presença de uma alta diversidade de ecossistemas e de um grande número de lagoas de água doce, características que não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo. Ressalta-se a vulnerabilidade ambiental no que tange à exploração turística de lagos e lagoas, que, por serem corpos de água com pouco fluxo, acumulam a poluição e os impactos. Cabe aqui a seguinte reflexão: por serem ambientes frágeis deve-se deixá-los trancados a “sete chaves”, longe do contato com o homem, para que tais ambientes fiquem “esperando a geração futura”, totalmente sensibilizada ambientalmente? Ou pior, deixá-los esquecidos, negligenciados, a mercê do uso irracional, sem o devido planejamento? Acredita-se que o ambiente natural, ainda que extremamente frágil, deva fazer parte, mediante os devidos cuidados, de um processo contínuo de sensibilização que possibilite a evolução ambiental dos envolvidos (comunidade local, visitantes e empreendedores turísticos). O presente estudo está baseado em uma avaliação das características e especificidades das lagoas costeiras de Osório, divulgadas pela municipalidade como atrativo turístico. Esta avaliação será realizada por meio de pesquisa bibliográfica, entrevistas ao poder público, observação in loco e registros fotográficos, proporcionando um aporte teórico capaz de servir de base às iniciativas referentes ao desenvolvimento do turismo sustentável nestes ambientes. O município de Osório – Rio Grande do Sul, Brasil, apresenta em seu território 23 lagoas costeiras de água doce. Algumas destas lagoas já apresentam certa infraestrutura turística, porém a exploração do turismo não se desenvolve de maneira planejada, o que pode vir a ocasionar uma série de impactos negativos. Este complexo lagunar atualmente vem sendo visto pelo poder público municipal como um grande potencial para o desenvolvimento do turismo. No entanto, dada a fragilidade ambiental das lagoas costeiras se faz necessário um planejamento turístico adequado para que as localidades envolvidas possam desenvolver uma atividade turística que esteja aliada com a conservação ambiental das lagoas, possibilitando a exploração turística deste recurso natural de maneira sustentável e, desta forma, conservando-o para as gerações futuras.
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