Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Robert Burton on the Society of Jesus and Coimbra

    1. [1] Universidade Do Porto

      Universidade Do Porto

      Santo Ildefonso, Portugal

  • Localización: Revista filosófica de Coimbra, ISSN 0872-0851, Vol. 30, Nº. 59, 2021, págs. 9-52
  • Idioma: inglés
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      This article explores the ambiguous attitude of Robert Burton towards the Jesuits, focusing on his peculiar reading of the Commentarii Collegii Conimbricensis Societatis Iesu. After a contextualization of the detraction of the Society of Jesus in Philosophaster, a lengthy teatral play, I will pass in review the Scholar’s references to the articulation of melancholy in the Coimbra textbooks throughout the Anatomy of Melancholy. In order to recognize and understand the specificities of Burton’s reading, marked by selective adaptations and imprecisions, I will essay a presentation of the Conimbricenses’ doctrine on the temperaments. I argue that, despite its richness, whose echoes in Burton’s famous work are a fainted testimony, Manuel de Góis approach remained an obliterated episode in the medical and intellectual history of melancholy. This path will enable an understanding of therapeutic and organizational framework that underlies (and supplements) the Coimbran teaching. As it will become clear, this valences and applications of the Commentarii were largely ignored by Burton. Ironically, a significant part of his knowledge of distant lands, his travelling by “map and card” and his socioeconomic views on China, essential for the transition from an observation of melancholy into a melancholic observation, as reflected on the resort to satire and utopia as therapeutic means, benefited from the Jesuit’s mobilization of their pedagogic formation in overseas missions.

    • français

      Cet article explore l’attitude ambiguë de Robert Burton envers les jésuites, en se concentrant sur sa lecture particulière du Commentarii Collegii Conimbricensis Societatis Iesu. Après une mise en contexte de la dégradation de la Compagnie de Jésus dans Philosophaster, une longue pièce théâtrale, je passerai en revue les références du savant à l’articulation de la mélancolie dans les manuels de Coimbra tout au long de l’Anatomie de la mélancolie. Afin de reconnaître et de comprendre les spécificités de la lecture de Burton, marquée par des adaptations sélectives et des imprécisions, je vais essayer une présentation de la doctrine des Conimbricenses sur les tempéraments. Je soutiens que, malgré sa richesse, dont les échos dans le célèbre travail de Burton sont un témoignage évanoui, l’approche de Manuel de Góis est restée un épisode oblitéré dans l’histoire médicale et intellectuelle de la mélancolie. Ce parcours permettra de comprendre le cadre thérapeutique et organisationnel qui sous‑ tend (et complète) l’enseignement de Coimbra. Comme cela deviendra clair, ces valences et applications des Commentarii ont été largement ignorées par Burton. Ironiquement, une part importante de sa connaissance des contrées lointaines, de ses voyages par «mappe et carte» et de ses vues socio‑ économiques sur la Chine, essentielles pour la transition d’une observation de la mélancolie à une observation mélancolique, comme le reflète le recours à la satire et à l'utopie comme voie thérapeutique, a bénéficié de la mobilisation des jésuites de leur formation pédagogique dans les missions à l’étranger.

    • português

      O presente artigo explora a attitude ambígua de Robert Burton face aos Jesuítas, centrando‑ se na sua leitura dos Commentarii Collegii Conimbricensis Societatis Iesu. Depois de contextualizar a sua detracção da Companhia de Jesus em Philosophaster, uma longa peça teatral, passo em revista as referências do académico à articulação da melancolia nos manuais do curso conimbricense ao longo da Anatomia da Melancolia. Por forma a identificar e compreender as especificidades da sua leitura, pautada por adaptações selectivas e imprecisões, empreenderei uma apresentação da doutrina dos temperamentos dos Conimbricenses. Sustento que, apesar da sua riqueza, da qual os ecos na obra de Burton dão testemunho esmaecido, a abordagem de Manuel de Góis permaneceu como um episódio obliterado na história médica e intelectual da melancolia. Este percurso permitirá uma compreensão das perspectivas terapêutica e organizacional subjacentes ao (e complementares do) ensino conimbricense. Trata‑ se, como se tornará evidente, de valências e aplicações dos Commentarii que Burton ignora. Ironicamente, uma parte significativa do seu conhecimento das terras distantes, as suas viagens por “mapa e carta” e as suas perspectivas socioeconómicas sobre a China, aspectos centrais da transição de uma observação da melancolia para uma observação melancólica, bem patente no recurso à sátira e à utopia como vias terapêuticas, beneficia da articulação entre as capacidade formativa e a organização das missões jesuíticas.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno