Resumen de Relatos, memorias y ficcionalizaciones en el arte: Dos intrigas intermediales (o de la letra a la pantalla y viceversa)
- español
El artículo refiere dos intrigas intermediales ocurridas en Brasil durante 1920–1930, a fin de examinar interferencias y diálogos existentes entre escritura e imagen. La primera es protagonizada por Eugenio Pignone, quien arriba a San Pablo en 1921 y poco después se torna objeto de una serie de notas publicadas en diversos jornais. Sus aventuras mobilizan un archivo proveniente del folletín, que actualiza en la prensa un imaginario «fantomático» asociado a la literatura y el cine. Pignone reaparece años después de este episodio como Eugenio Kerrigan, supuesto director ítalo–americano con experiencia en los estudios Vitagraph y Paramount. Rueda cinco películas. Los restos materiales de dicha producción autorizan a postular puntos de contacto entre las peripecias de Pignone y la filmografía de Kerrigan. La segunda intriga es protagonizada por Olympio Guilherme, quien en 1927 gana un concurso promovido por la Fox y se traslada a Los Ángeles con la expectativa devenir astro de cine. Desde allí envía críticas cinematográficas e impresiones personales para la revista Cinearte. En 1929, luego de reiterados fracasos, rueda un filme intitulado Fome. Regresa a Brasil en 1930 y dos años más tarde publica Hollywood, novela da vida real, texto en el que el «mísero fotógrafo» retrata los engranajes de la maquinaria hollywoodense. El libro propone un contrato de lectura según el cual estamos ante un escrito que debe ser leído/visto como si se tratase de una película.
- English
This article discusses two intermedial plots that happened in Brazil during the 1920s and 1930s, in order to examine the interferences and dialogues between writing and image. The first plot is starred by Eugenio Pignone, who arrives to San Pablo in 1921 and soon after becames the subject of a series of articles published in newspapers. His adventures mobilize files that come from the feuilleton, which updates in the press an «phantomatique-ghostly» imaginary associated to literature and cinema. Pignone reappears years after as Eugenio Kerrigan, supposed Italo–American director with experience inthe Vitagraph and Paramount studios. He makes five movies. The remains of this production allows for the postulation of points of contact between the adventures of Pignone and the filmography of Kerrigan. The second plot is starred by Olympio Guilherme, who in 1927 won a contest by Fox Pictures and moved to Los Angeles with the expectation of becoming a movie star. He sends cinematographic critiques and personal impressions for the Cinearte magazine. In 1929, after repeated failures, he shot a film called Fome. He returns to Brazil in 1930 and two years later he publishes Hollywood, novela da vida real, a text in which the «miserable photographer» portrays the gears of the Hollywood machinery. The book proposes a reading contract by which we are confronted with a writing that should be read /seen as a film.
- português
O artigo refere a duas intrigas intermediais ocorridas no Brasil durante 1920-30, a fim de examinar interferências e diálogos existentes entre escrita e imagem. A primeira é protagonizada por Eugenio Pignone, que chega a São Paulo em 1921 e pouco depois tornase objeto de uma série de notas publicadas em diversos periódicos. Suas aventuras mobilizam um arquivo provindo do folhetim, que atualiza na imprensa um imagi- nário «fantomático» associado à literatura e ao cinema. Pignone reaparece anos depois desse episódio como Eugenio Kerrigan, suposto diretor ítalo-americano com experiência nos estúdios da Vitagraphee Paramount. Roda cinco filmes. Os restos materiais dessa produção permitem postular pontos de contato entre as peripécias de Pignone e a filmografia de Kerrigan. A segunda intriga é protagonizada por Olympio Guilherme, que em 1927 ganha um concurso promovido pela Fox e se desloca a Los Angeles na expectativa de se tornar astro de cinema. De lá envia críticas cinematográficas e impressões pessoais para a revista Cinearte. Em 1929, depois de reiterados fracassos, roda um filme intitulado Fome. Regressa ao Brasil em 1930 e dois anos depois publica Hollywood, novela da vida real, texto no qual o «mísero fotógrafo» retrata as engrenagens da maquinária hollywoodiana. O livro propõe um contratode leitura segundo o qual estamos diante de um escrito que deve ser lido/visto como se se tratasse de um filme.
