Para promover um traspassamento histórico-cultural, evidencio o uso de um fragmento figural e suas correspondências nos modelos estéticos históricos, o braço pendente. A partir de tais relações, uma genealogia da figuração do corpo se consolida, sobretudo a partir dos estudos de Georges Didi-Huberman acerca da sobrevivência das imagens, notadamente segundo o modelo fantasmal de Aby Warburg. Ao admitir a figura do corpo heróico como derivação da figura do corpo santo em trabalho precedente, agora proponho um percurso anacrônico e remissivo, iniciando com uma curta cena cinematográfica contemporânea, em About Schmidt (2002), para chegar às Pietàs medievais portuguesas na singular tipologia dos cruzeiros bifacetados manuelinos. Minha atenção, portanto, recai sobre um significativo desvio em relação aos percursos axiais da História da Arte, com o intuito de reaver um contato da arte brasileira com a cultura portuguesa, cujas ligações suponho sensivelmente atenuadas.
To promote a historical-cultural crossing, I highlight the use of a figural fragment and its correspondences in historical aesthetic models: the pendant arm. From these relationships, a genealogy of the figuration of the body is consolidated, especially from the studies of Georges Didi-Huberman on the survival of the images, notably according to the ghostly model of Aby Warburg. In admitting the figure of the heroic body as a derivation of the figure of the holy body in previous work, I now propose an anachronistic and remissive path, starting with a short contemporary cinematographic scene, in About Schmidt (2002), to arrive at the medieval Portuguese Pietàs in the singular typology of Manueline bifaceted crucifix. My attention, therefore, falls on a significant deviation in relation to the axial paths of Art History, in order to regain a contact between Brazilian art and Portuguese culture, whose connections I suppose are considerably attenuated.
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