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Resumen de Salud en los barrios: impacto de las temperaturas extremas

Carmen Sánchez Guevara, José Antonio López Bueno, Miguel Núñez Peiró, Cristina Linares Gil, Ana Sanz Fernández

  • español

    Las proyecciones de cambio climático prevén un aumento en el número e intensidad de las olas de calor. En España, se prevé un ritmo de incremento de las temperaturas máximas diarias de 0,4 oC por década en el periodo 2021–2050 y de 0,6 oC por década en el 2051–2100 en un escenario de máximas emisiones (RCP8.5). Este incremento de temperaturas puede implicar importantes sobrecostes sanitarios que se sumarán a los actuales aumentos de mortalidad y morbilidad provocados por la exposición de la población a extremos térmicos.

    El entorno urbano construido, así como la edificación, juegan un papel fundamental en el grado de exposición de la población a estas temperaturas extremas. La alta densidad de las ciudades y la ausencia de espacios verdes son modificadores del clima urbano y en grandes urbes se expresan mediante una alta intensidad del fenómeno de isla de calor. La ausencia de eficiencia energética de gran parte del parque de viviendas y los elevados precios de la energía se suman a esta problemática, en especial, en aquellas situaciones de pobreza energética en la que los hogares no pueden mantener su vivienda a unas temperaturas adecuadas para unas óptimas condiciones de salud.

    Las intervenciones en barrios deben acometerse desde una perspectiva de salud con un objetivo claro de reducción de la exposición de la población a temperaturas extremas y los riesgos sanitarios asociados. Resulta necesario combinar las actuaciones sobre el espacio público orientadas a la mejora del microclima urbano con aquellas destinadas la mejora de las condiciones de bienestar térmico de las viviendas.

  • English

    Projections about climate change forecast an increase in the number and intensity of heat waves. In Spain daily maximum temperatures are projected to increase by 0.4 °C per decade in the 2021-2050 period and by 0.6°C per decade in the 2051-2100 period in a maximum emissions scenario (RCP8.5). This increase in temperatures may lead to significant healthcare costs, on top of current mortality and morbidity increases, as a result of the population’s exposure to temperature extremes.The built urban environment and buildings proper play a key role in the population’s degree of exposure to these temperature extremes. The high density of cities and the absence of green spaces are modifiers of urban climate. In large cities this is manifested in a high intensity of the heat island phenomenon. The poor energy efficiency of much of the housing pool and high energy prices compound this problem, especially in energy poverty situations where households are unable to keep their homes at temperatures suitable for optimal health conditions.Interventions should be made in neighborhoods with health in mind, the clear objective of which should be reducing the population’s exposure to extreme temperatures and the associated health risks. It is necessary to combine actions on the public space aimed at improving the urban microclimate with measures intended to improve the thermal comfort conditions in dwellings.

  • português

    As projecções de alterações climáticas prevêem um aumento no número e na intensidade das ondas de calor. Em Espanha, prevê-se um aumento nas temperaturas máximas diárias de 0,4 ºC por década no período de 2021–2050 e de 0,6 ºC por década em 2051–2100, num cenário de emissões máximas (RCP8.5). Este aumento de temperaturas pode implicar custos adicionais significativos para a saúde que se somarão aos atuais aumentos de mortalidade e morbilidade causados pela exposição da população a extremos térmicos. O ambiente urbano construído, assim como a edificação, desempenham um papel fundamental no grau de exposição da população a essas temperaturas extremas. A alta densidade das cidades e a ausência de espaços verdes são modificadores do clima urbano e nas grandes cidades expressam-se por meio de uma alta intensidade do fenómeno das ilhas de calor. A ausência de eficiência energética em grande parte do parque habitacional e os elevados preços da energia aumentam esse problema, especialmente em situações de pobreza energética em que as famílias não conseguem manter suas casas em temperaturas adequadas para condições de saúde óptimas.As intervenções nas áreas residenciais devem ser realizadas a partir de uma perspectiva de saúde com um objectivo claro de reduzir a exposição da população a temperaturas extremas e os riscos para a saúde associados. É necessário conjugar as acções no espaço público que visam a melhoria do microclima urbano com aquelas que visam a melhoria das condições de bem-estar térmico das habitações.


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