Este artigo aborda o sonho cultural na Exortação Querida Amazônia em dois momentos. No primeiro, situando a Exortação no caminhar sinodal e unindo o “sonho cultural” do Papa Francisco com a “conversão cultural” do Documento Final, se apresenta uma espécie de resenha do conteúdo, tal como aparece nos referidos documentos. No segundo momento, a partir dos caminhos apontados pela Exortação para a realização do sonho cultural, se extrai três diretrizes básicas de ação: assumir a cultura como novo sujeito e a interculturalidade como novo paradigma; superar mentalidades e práticas colonizadoras, como aquelas de determinados modelos de evangelização do passado; e, cuidar das raízes diante de uma avassaladora “hamburguerização” das culturas autóctones por parte de uma “cultura globalizada”, o que implica proteger os povos da floresta da violência de toda expressão domesticadora das fronteiras ou mesmo supressora da singularidade do autóctone, que só sobrevive enraizado na realidade local.
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