A Eclesiologia de Comunhão está novamente na agenda da Igreja, principalmente neste atual pontificado que acentua a necessidade constante de revisitar o último Concílio. Os vários desafios apontados hoje pelo Papa Francisco têm em sua base uma Igreja ministerial, sinodal, participativa e corresponsável, que tem suas raízes nos elementos eclesiológicos resgatados pelo Vaticano II. A Igreja no Brasil, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em comunhão com o Papa e os bispos da América Latina (CELAM), também vem propondo um processo de renovação que parte de uma “conversão pastoral” que questiona as estruturas paroquiais, passando por uma nova consciência da presença e atuação do laicato como “sujeito” eclesial, até chegar à exigência de uma nova formação para a “iniciação cristã” que se preocupe em conceber verdadeiros discípulos e discípulas de Jesus, e não apenas oferecer etapas de preparação catequética para os sacramentos. Tal itinerário está presente nos últimos documentos da CNBB. O presente artigo quer resgatar os principais elementos da Igreja conciliar que fundamentam todo o processo, mostrando como eles são importantes para melhor compreender e concretizar essa proposta da Igreja no Brasil.
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