As relações entre o mercado, o consumo e a cultura assumiram dimensões inimagináveis na definição do sentido das cidades contemporâneas. A expansão das tecnologias de informação e comunicação contribuiu decisivamente para tais condições, uma vez que se trata da ampliação da circulação de imagens visuais e sonoras em redes digitais. É nesse novo campo de relações que conflitos, insurgências e enfrentamentos emergem com maior ou menor vigor, caracterizando as tensões da cultura globalizada com as vivências locais, provocando questionamentos sobre a força homogeneizadora das dos dispositivos digitais no cotidiano dos mais diversos grupos sociais. É justamente neste complexo cenário que surgem autorias outras para marcar suas estéticas de atitude em territorialidades de pertença. São os jovens e as jovens de subúrbios, periferias e favelas a desafiar os processos globalizados de consumo de identidades, símbolos e valores com suas práticas de invenção e compartilhamento de experiências culturais.
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