Apresentar uma análise das propostas de reforma para o ensino em Portugal, no século XVIII, contidas nas Cartas sobre a Educação da Mocidade (1760), escritas por António Nunes Ribeiro Sanches (1699-1783), é o objetivo deste artigo. Trata-se do resultado de uma pesquisa documental e de utilização de textos historiográficos que versam sobre o autor. As Cartas foram escritas em 1759 e publicadas em 1760, no momento de efervescência das ideias iluministas disseminadas pela Europa. Intelectuais portugueses, que tiveram acesso a essas ideias, consideraram o ensino em Portugal atrasado, em comparação ao que ocorria em outras regiões da Europa. Quando o rei português D. José I ascendeu ao trono (1750) nomeou, como ministro da Secretaria do Exterior e da Guerra, Sebastião José de Carvalho e Melo, o futuro Marquês de Pombal. Em 1759, já como Primeiro Ministro, Marquês de Pombal expulsou a Companhia de Jesus do reino luso, considerando que os jesuítas, como monopolizadores do ensino em Portugal, eram um dos grandes entraves para a modernização e progresso do reino. Feito isto, Pombal reestruturou os estudos em Portugal. O médico português Ribeiro Sanches escreveu suas sugestões para o projeto de reforma do reino luso, por meio das Cartas sobre a Educação da Mocidade. Sanches elaborou sugestões para a reforma dos Estudos Menores, para os Estudos Maiores (Universidade), sugeriu a criação do Colégio dos Nobres, como, também, a secularização do ensino. Nesse sentido, as Cartas foram redigidas com o intuito de serem as diretrizes pedagógicas que embasariam as reformas pombalinas no ensino. Palavras-chave: António Nunes Ribeiro Sanches. Educação em Portugal. Reformas Pombalinas.
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