Neste texto, abordamos a narrativa elaborada por um criador de imagens visuais em desenho, o juazeirense Antônio Carlos Coelho de Assis, a respeito de um momento crítico para as práticas de desenvolvimento do interior do Brasil, especialmente aquelas que se baseavam na agricultura irrigada das zonas semiáridas e na exploração do rio São Francisco como recurso natural. Reunimos as imagens narrativas do relato de memória com outros documentos dos anos 1980, como as notícias de jornal e o material produzido pelo Movimento de Defesa do São Francisco, que lutava contra a degradação ambiental daqueles espaços. A partir desses aportes intertextuais, problematizamos o discurso estabelecido de que o desenvolvimento promovido pelas instituições do Estado e pela iniciativa privada, desde a ditadura militar, teria redimido economicamente o semiárido.
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