O objetivo do estudo é interpretar na narrativa Miura, de Miguel Torga (1907-1985), o sofrimento do touro humanizado e sua participação, juntamente, com Malhado, Bronco e Mira, em uma tourada que reflete a bestialidade humana no trato com bichos, que são sacrificados em um espetáculo de entretenimento popular. O escritor denuncia a selvageria do festejo, que se intensifica com a entrada colossal do toureiro na arena e a apoteose final com a autoimolação de Miura. A análise será feita a partir da simbologia do touro, da tauromaquia (aspectos estético, passional e sagrado), da tradição das touradas em Portugal, das legislações e do engajamento do escritor (Sartre) em denúncias sobre atos sangrentos contra animais.
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