A pandemia da COVID-19 e a emergência da lógica da antecipação: uma busca por políticas estatais mais democráticas de combate a epidemias

• Alexandro Fabiano Mendes ^[2] ; Bruno Henrique Castelo Branco ^[1]
  1. [1] Universidad de Salamanca

     Universidad de Salamanca

     Salamanca, España

     
  2. [2] Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ
• Localización: Políticas públicas en defensa de la inclusión, la diversidad y el género III: migraciones y derechos humanos / coord. por Ana Victoria Parra González; Nuria del Álamo Gómez (dir.), Eva María Picado Valverde (dir.), 2021, ISBN 978-84-1311-467-5, págs. 699-710
• Idioma: portugués
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  • English

    From the point of view of the international relationships, the COVID-19 pandemic fighting strengthened trends that were already present in the globalization crisis. Different reactions were taken by the States. One can observe a more incisive concern with the de-fence of territorial borders, based on the association between mobility and increased health risk. Before the current crisis, the experiences of anticipating emerging infectious diseases, articulated at the post-national level and associated with local social movements, were the subject of research in the field of social anthropology, with emphasis on the work of Frédéric Keck and the cases of Hong Kong and Taiwan. Based on these studies, the present article seeks to evaluate the tendency to expand the logic of risk and anticipation, especially in criminal law, questioning whether there would be more democratic ways of dealing with the problem of migration in era of epidemics

  • português

    Do ponto de vista das relações internacionais, o enfrentamento da pandemia da CO-VID-19 fortaleceu tendências que já se faziam presentes na crise da globalização. Nas dis-tintas reações tomadas pelos Estados nacionais, pode-se observar uma preocupação mais incisiva com a defesa das fronteiras territoriais, fundada na associação entre mobilidade e incremento do risco sanitário. Antes da atual crise, experiências de antecipação de doenças infectuosas emergentes, articuladas em nível pós-nacional e associadas a movimentos so-ciais locais, foram objeto de pesquisas no campo da antropologia social, com destaque à obra de Frédéric Keck e aos casos de Hong Kong e Taiwan. Partindo desses estudos, o pre-sente artigo busca avaliar a tendência de expansão da lógica do risco e da antecipação, em especial no Direito Penal, interrogando se não haveria formas mais democráticas de lidar com o problema da migração na era das epidemias.