Nascido em 1890 e falecido em 1968, irmão do poeta e dramaturgo Ugo (1892‐1953), professor de direito romano e de direito civil e de numerosas outras disciplinas jurídicas, Emilio Betti ocupa um lugar de destaque na hermenêutica contemporânea. A summa da sua investigação, resultado de décadas de reflexão, é representada pela monumental Teoria generale della interpretazione, publicada em 1955. “Montada sobre um admirável conhecimento e domínio do tema”, segundo a autoridade de Hans‐Georg Gadamer, a Teoria generale mostra‐se capaz de reunir em diálogo vastas tradições de pensamento (desde o direito romano até Schleiermacher), de reler em chave hermenêutica alguns clássicos da filosofia ocidental (Vico, Kant, Wilhelm von Humboldt), e de beneficiar das contribuições culturais mais significativas que surgiram entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX (Nietzsche, o historicismo alemão, o idealismo de Croce, a Kunstwissenschaft, o neokantismo e a fenomenologia).
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