Pamela Staliano, Marcos Leandro Mondardo, Roberto Chaparro Lopes
Resumen El territorio para los pueblos originarios es fundamental para la salud y reelaboración cultural de sus modos de ser, en la relación entre naturaleza, cultura y relaciones de poder/resistencia. El derecho a vivir o morir se une a la territorialidad en la lucha por la tierra. El objetivo de este trabajo consistió en analizar dónde y cómo ocurren los suicidios de Guaraníes y Kaiowás en la contemporaneidad. Se realizó una investigación cualitativa de análisis documental de reportajes publicados en periódicos de mayor circulación en el estado de Mato Grosso do Sul. La búsqueda fue realizada en 23 periódicos, pero sólo 12 de ellos presentaron noticias con la temática a partir de la combinación de los descriptores: Suicidio, Guaraní, Kaiowá, Indio e Indígena. Se constituyó una muestra con 100 reportajes que informaron 105 casos de suicidio en el período entre 2002 y 2018. Los datos revelan que la violencia es frecuente en las reservas indígenas en que los Guaraníes y Kaiowás fueron confinados en el sur del estado. Los casos se concentran en aldeas de los municipios de Dourados y Amambai, la mayoría entre jóvenes adultos con edad entre 12 y 22 años, del sexo masculino. La eminente mayoría (95%) cometió suicidio por la práctica del ahorcamiento (jejuvy). Las causas para el suicidio varían desde explicaciones orientadas por la cosmología, el hechizo, formas culturales de morir, desterritorialización de sus tekohas y la inserción económica marginal. Considerando los datos alarmantes, se sugiere la creación e implementación del CAPS indígena, con la participación de actores institucionales, como la Sesai y la Secretaría Municipal de Salud, además de líderes religiosos, Ñhanderu y Nhandecy.
The territory for the native peoples is fundamental to the health and cultural re-elaboration of their ways of being, in the link between nature, culture and relations of power/resistance. The right to live or die is connected to territoriality in the struggle for land. The objective of this work was to analyze where and how the suicides of Guarani and Kaiowá occur in contemporary times. A qualitative research with documentary analysis of reports published in the newspapers with the largest circulation in the state of Mato Grosso do Sul was performed. The search was carried out in 23 newspapers, but only 12 of them presented news with the theme, combining the descriptors: Suicide, Guarani, Kaiowá, Indian and Indigenous. A sample of 100 reports that reported 105 suicide occurrences between 2002 and 2018 was composed. Data reveal that violence is frequent in the indigenous reserves where the Guarani and Kaiowá were confined in the south of the state. The cases are concentrated in villages in the municipalities of Dourados and Amambai, mostly among male young adults between 12 and 22 years of age. The eminent majority (95%) committed suicide by the practice of hanging (jejuvy). The causes for suicide range from explanations guided by cosmology, the spell, cultural forms of dying, deterritorialization of their tekoha, and marginal economic insertion. Considering the alarming data, it is suggested the creation and implementation of indigenous CAPS, with the involvement of institutional actors, such as Sesai and the Municipal Health Secretariat, as well as religious leaders, Ñhanderu and Nhandecy.
Resumo O território para os povos originários é fundamental para a saúde e reelaboração cultural de seus modos de ser, na relação entre natureza, cultura e relações de poder/resistência. O direito a viver ou morrer se liga à territorialidade na luta pela terra. O objetivo deste trabalho consistiu em analisar onde e como ocorrem os suicídios de Guarani e Kaiowá na contemporaneidade. Realizou-se uma pesquisa qualitativa de análise documental de reportagens veiculadas em jornais de maior circulação no estado de Mato Grosso do Sul. A busca foi realizada em 23 jornais, mas apenas 12 deles apresentaram notícias com a temática a partir da combinação dos descritores: Suicídio, Guarani, Kaiowá, Índio e Indígena. Constituiu-se uma amostra com 100 reportagens que informaram 105 ocorrências de suicídio no período entre 2002 a 2018. Os dados revelam que a violência é frequente nas reservas indígenas em que os Guarani e Kaiowá foram confinados no sul do estado. Os casos se concentram em aldeias dos municípios de Dourados e Amambai, a maioria entre jovens adultos com idade entre 12 e 22 anos, do sexo masculino. A eminente maioria (95%) cometeu suicídio pela prática do enforcamento (jejuvy). As causas para o suicídio variam desde explicações orientadas pela cosmologia, o feitiço, formas culturais de morrer, desterritorialização de seus tekoha e a inserção econômica marginal. Considerando os dados alarmantes, sugere-se a criação e implementação do CAPS indígena, com o envolvimento de atores institucionais, como a Sesai e a Secretaria Municipal de Saúde, além de lideranças religiosas, Ñhanderu e Nhandecy.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados