Resumen de Filosofias e gêneros

Flávio José de Carvalho

• English

  This article asks about the kairós to philosophize and to teach philosophizing and it also recognizes thinking as a political and counter-conduct act. It aims to understand what Philosophies and Teaching Phylosophy can do in view of the contemporary reality challenges in their context of violence and discrimination that involve gender identities. It’s a challenge to think about Brazil because it’s the country (the first one in the world) where hundreds of LGBTQI+ community members are murdered and where femicide also makes thousands of victims every year. There is also a challenge to recognize the gender issues as an object of philosophical problematization, with their ontological, aesthetic and ethical implications (also political), therefore the challenge of addressing these issues in Teaching Philosophy. Some challenges refer to the place (or non-place) of women philosophers in the history of Philosophy and in the Philosophy manuals and it also refers to the problem of sexist and chauvinist language. At the last, text provokes thinking about the microcolinialities and the microcontraconducts related to gender and race issues.

• português

  Este artigo indaga pelo kairós para se filosofar e para se ensinar a filosofar e reconhece o pensar como um ato político e de contraconduta. A discussão pretende compreender o que podem as Filosofias e o ensino de Filosofia diante dos desafios que a realidade contemporânea manifesta com o quadro de violência e discriminação que envolvem as identidades de gênero. O desafio de pensar um Brasil que é o país onde mais se mata pessoas da comunidade LGBTQI+ e onde o feminicídio também faz milhares de vítimas todos os anos. Há também o desafio de reconhecer as questões de gênero como objeto de problematização filosófica, com implicações ontológicas, estéticas e éticas (ambas políticas), e por conseguinte o desafio de construir o lugar para tais questões no Ensino de Filosofia. Outros desafios tratados remetem ao lugar (ou não-lugar) das filósofas na história da Filosofia e no livro didático de Filosofia, e também remete ao problema da linguagem e seu aspecto sexista (machista). No final, o texto nos provoca a pensar as microcolinialidades e as microcontracondutas atinentes à gênero e à raça.