A caminhada é uma construção coletiva e a filosofia não se separa da vida

• Autores: Adenilde Petrina Bispo
• Localización: Problemata: Revista Internacional de Filosofía, ISSN-e 2236-8612, Vol. 11, Nº. Extra 2, 2020 (Ejemplar dedicado a: Edição especial: FILOSOFIA AFRICANA DESDE VOZES FEMININAS), págs. 9-20
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The walk is a collective construction and philosophy is not separated from life...
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• Resumen
  • English

    The text presents a narrative of the journey of the people on the outskirts of Bairro Santa Cândida who, by the strength of women, discovered the arrival of the time for a more dignified life in a community to be built by us. It is the trajectory of struggles fought since the 1970s. The discovery that the media does not represent us, that democratization did not reach the peripheries, led us to fight for the right to information through the creation of the Community Radio of Bairro Santa Cândida - Rádio Mega FM, with its closure and, to continue taking Hip Hop Culture, we organized ourselves in the Vozes da Rua Collective with the objective of bringing information, education and being a bridge to the fraternity. Thus, we continued the Black August where its themes arise from studies and questions within the Vozes da Rua Collective. Philosophy came into our lives and led us to many questions, including about the Philosophy of the Academy that only white authors studied and said little about us. Through conversations and readings we discovered that Philosophy was born in Africa, that the Greeks "passed the mouse" on Egyptian texts. We discovered that Philosophy is in us, in the memories of our ancestors, in the streets, in the alleys and alleys of the peripheral communities, in the lyrics of the RAPS, as well as in the Slam of Perifa, cultures of resistance. We have a lot to study to take lessons on African Philosophy and collectively build the Philosophy of the Periphery born on the ground and in the life of the community.

  • português

    O texto apresenta uma narrativa da caminhada do povo da periferia do Bairro Santa Cândida que, pela força das mulheres, descobriu a chegada do tempo de uma vida mais digna em uma comunidade a ser construída por nós. É a trajetória de lutas travadas à partir dos anos de 1970. A descoberta que a mídia não nos representa, que a democratização não chegou nas periferias nos levou a lutar pelo direito de informação através da criação da Rádio Comunitária do Bairro Santa Cândida - a Rádio Mega FM, com o seu fechamento e, para continuarmos levando a Cultura Hip Hop, nos organizamos no Coletivo Vozes da Rua com o objetivo de levar informação, educação e ser ponte para a fraternidade. Assim, demos continuidade ao Agosto Negro onde seus temas surgem a  partir dos estudos e questionamentos dentro do Coletivo Vozes da Rua. A filosofia entrou em nossa vida e nos levou a muitos questionamentos, inclusive sobre a Filosofia da Academia que só estudavam autores brancos e diziam pouco de nós. Através de conversas e leituras descobrimos que a Filosofia nasceu na África, que os gregos "passaram o rato" nos textos egípcios. Descobrimos que a Filosofia está em nós, nas memorias dos nossos ancestrais, nas ruas, nos becos e vielas das comunidades periféricas, nas letras dos RAPS, assim como no Slam de Perifa, culturas de resistências. Temos muito a estudar para levar aprendizados sobre Filosofia Africana e construirmos coletivamente a Filosofia da Periferia nascida no chão e na vida da comunidade.