This article provides an overview of some significant responses to scepticism in German classical philosophy. I start with the exposition of S. Maimon’s criticism to Kant about the applicability of pure concepts to the empirical reality and the influence of this problem on J. G. Fichte’s Wissenschaftslehre. I expose the main theses of Fichte’s 1794/1795 Foundations of the Entire Wissenschaftslehre, from the point of view of the possibility of a systematic philosophy built upon first principles. Next, I consider Hegel’s 1802 discussion of the meaning and relationship of ancient and modern scepticism. This will allow me to introduce Hegel’s response to scepticism in the Phenomenology of Spirit and the question about the grounds of knowledge in the Science of Logic. In addition to showing the relevance of Maimon for the development of classical German philosophy, three theses are defended in the article: first, that both the Fichtean and the Hegelian answers accept the terms of discussion set by scepticism; second, that both present internal refutations of scepticism; and finally, that scepticism and its internal refutation can be understood as a thread connecting different philosophical positions in German classical philosophy.
Este artigo apresenta uma perspectiva comparativa de algumas das respostas ao ceticismo no período da filosofia clássica alemã. Parte-se de uma exposição da crítica de S. Maimon a Kant, nomeadamente acerca da aplicabilidade dos conceitos puros à realidade empírica, e da influência deste problema sobre a Doutrina da Ciência de J. G. Fichte. São abordadas então as principais teses dos Fundamentos da Doutrina da Ciência de 1794/1795 de Fichte no que toca à possibilidade de uma filosofia sistemática construída a partir de primeiros princípios. Uma referência à discussão de Hegel, em 1802, acerca do significado e da relação entre o ceticismo antigo e moderno, introduz a exposição da resposta de Hegel ao ceticismo na Fenomenologia do Espírito, e à fundamentação do conhecimento na Ciência da Lógica. Além de mostrar a importância de Maimon para o desenvolvimento da filosofia clássica alemã, três teses são defendidas neste artigo: primeiro, que as respostas ao ceticismo tanto de Fichte quanto de Hegel aceitam os termos da discussão colocados pelo ceticismo; segundo, que ambos propõem refutações internas do ceticismo; e, terceiro, que o ceticismo, e a sua refutação interna, podem ser entendidos como um fio de ligação entre as diferentes posições filosóficas estudadas.
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