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Extravio da história e da memória em "Cabra Marcado para Morrer" de Eduardo Coutinho

    1. [1] Universidade Federal de Goiás

      Universidade Federal de Goiás

      Brasil

  • Localización: Memoria histórica y cine documental: actas del IV Congreso Internacional de Historia y cine / coord. por Magí Crusells Valeta; José María Caparrós Lera (ed. lit.), Francesc Sánchez Barba (ed. lit.), 2015, ISBN 978-84-475-4246-8, págs. 863-871
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • Cabra Marcado para morrer foi filmado em dois tempos: entre 1962 e 1964, e em 1984. O intervalo foi consequência de uma ditadura empresarial-militar que vigorou no Brasil por mais de 20 anos. As primeiras filmagens, realizadas pelo diretor no âmbito das ações do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), propunham refilmar a luta campesina dos lavradores da Liga Camponesa de Sapé, tendo por eixo o assassinato de um de seus líderes. As filmagens seriam realizadas tendo por atores os próprios camponeses. Interrompidas as filmagens pela recém-instaurada ditadura, vários originais se perderam, a equipe de filmagem se dispersou e parte das lideranças camponesas que atuavam no filme teve que fugir para uma vida clandestina. Em 1984, Eduardo Coutinho retorna à Galiléia, cidade onde havia filmado em 1964, para reencontrar os personagens do filme inacabado. Não havendo roteiro prévio, tampouco teses a serem demonstradas, o filme se constitui da própria busca pelo destino dos personagens. A interrogação acerca da história de um país sob regime de exceção pode ser apreendida em sua totalidade e tragédia - como na mônada que Walter Benjamin menciona no seminal Drama Barroco Alemão – no destino de camponeses no nordeste do Brasil. Considerando a câmera como instrumento de pesquisa, o documentário se constitui não apenas como um meio de expor ou desnudar um determinado processo histórico mas um modo específico, talvez um regime de interrogação da história, presente em parte significativa da obra do cineasta. Se é com tortura, morte, exílio e clandestinidade que a ditadura se impõe sobre os sujeitos, é com rasura e apagamento que se impõe sobre a memória e a história. Este artigo interroga particularmente a entrevista como uma das estratégias de abordagem utilizadas na realização do filme que possibilitam uma aproximação a essa memória extraviada que se apresenta não como completude e reconstituição, mas como esgarçamento e extravio. Adicionalmente, a entrevista, nas palavras do próprio Coutinho, pressupõe um erotismo em torno do qual desenvolvemos nossas interrogações


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