Em Portugal, principalmente nas últimas três décadas, têm sido aprovadas Leis que estabelecem ao Estado a garantia ao direito à educação sexual como componente de direito fundamental à educação. Neste sentido, são regulamentadas normas que determinam que os programas escolares incluam, de acordo com os diferentes níveis de ensino, conhecimentos científicos no domínio da prevenção. Subjacente ao contexto desta socialização preventiva, procuramos perceber que lógicas determinam e regulamas práticas e as opções preventivas (especificamente da gravidez e do VIH/sida), a partir do quotidiano relacional dos/das Jovens.Adotando a metodologia qualitativa, esta pesquisa recaiu na técnica de investigação focus group. Participaram neste estudo 54 jovens portugueses, entre os 17 e os 25 anos de idade. Os resultados da investigação deixam perceber que as distintas vivências da sexualidade, assentes nas expectativas de género, produzem, medos e riscos diferenciados; o domínio da prevenção é um campo de ambiguidades entre as forças modernas de racionalização e as forças morais subjetivas, deixando perceber que claramente no âmbito da contracepção a opção surge primeiro associada à categorização atribuída ao modelo relacional e só depois à racionalidade biomédica.
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