Rapadura é doce, mas é dura: um panorama da realidade de exploração no trabalho do corte da cana-de-açúcar em Pernambuco

• Isabele Bandeira de Moraes D'Angelo ^[1]
  1. [1] Universidade de Pernambuco

     Universidade de Pernambuco

     Brasil

     
• Localización: Revista Inclusiones: Revista de Humanidades y Ciencias Sociales, ISSN-e 0719-4706, Vol. 8, Nº. Extra 6 (abril-junio), 2021 (Ejemplar dedicado a: Homenaje Christian Daniel Cwik), págs. 199-223
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Rapadura is sweet, but it'S hard: a panorama of the reality of exploration in the work of sugar cane cut in Pernambuco
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• Resumen
  • English

    Linked to the PIBIC/CNPq Research Project entitled: THE BITTER SIDE OF CANAVIAL: "cold buoy" – the slavery of modernity, this article seeks to analyze the participation of sugarcane cutting workers in the region of Pernambuco, northeastern Brazil, as a central figure in the process of overexploitation of the agro-alcoholic sector. To this end, we approach theoretically the concept of production per piece and its consequent payment per production, to understand how the use of this mechanism in the work process consists and is expressed in elements of the overexploitation of the worker who survives cutting the sugarcane as a strategy of linking to the world of work. Among the elements that configure the overexploitation process were: long working hours, intensification of the workforce, reduction of consumption necessary for the reproduction of this workforce due to the limited remuneration of workers.

  • português

    Vinculado ao Projeto de Pesquisa PIBIC/CNPq intitulado: O LADO AMARGO DO CANAVIAL: “boia fria” – a escravidão da modernidade, o referido artigo busca analisar a participação do trabalhador do corte da cana, na região de Pernambuco, nordeste do Brasil, como figura central no processo de superexploração do setor agroalcooleiro. Para tanto, nos aproximamos teoricamente, do conceito de produção por peça e seu consequente pagamento por produção, para compreender como a utilização deste mecanismo no processo de trabalho, consiste e se expressa em elementos da superexploração do trabalhador que sobrevive do corte da cana como estratégia de vinculação ao mundo do trabalho. Dentre os elementos que configuram o processo de superexploração foram encontrados: longas jornadas de trabalho, intensificação da força de trabalho, redução do consumo necessário à reprodução desta força de trabalho em função da limitada remuneração dos trabalhadores.