Juarez Melgaço Valadares, Célio da Silveira Júnior
Historically, science has become an obstacle to the introduction of other kinds of knowledge in schools. Since 1990, the superiority of scientific knowledge has been criticized by education researchers. In parallel, indigenous education has been proving itself as a privileged space of recognition of relationships among cultural groups, in a way that traditional types of knowledge have been incorporated into the school curriculum, bringing other challenges to the pedagogical work. In this paper, we discuss a case study in which traditional types of knowledge were part of a course from the Undergraduate Program for Indigenous Educators at Federal University of Minas Gerais. We collected interrelated situations involving food planting and astronomical observations under various conceptions, and we developed them in a dialogic form in the classroom. The strengthening of indigenous cultures was rethought as the interlocution kept made us see the viability of the cultural dialogue in its complexity. We hope to contribute to overcome the dichotomy between scientific knowledge and traditional culture in the curricular propositions of indigenous and non-indigenous school education.
Historicamente, a ciência se tornou um obstáculo para a entrada de outros saberes nas escolas. Desde 1990 a superioridade do conhecimento científico começou a sofrer críticas pelos pesquisadores da educação. Paralelamente, a educação indígena vem se afirmando como um espaço privilegiado de reconhecimento das relações dos grupos culturais entre si, de maneira que os saberes tradicionais foram incorporados ao currículo escolar, trazendo outros desafios para o trabalho pedagógico. Neste artigo tratamos de um estudo de caso, na qual os saberes tradicionais fizeram parte de uma Disciplina do Curso de Licenciatura para Educadores Indígenas da Universidade Federal de Minas Gerais. Coletamos situações interrelacionadas envolvendo o plantio de alimentos e as observações astronômicas sob várias concepções, e as desenvolvemos de forma dialógica em sala de aula. O fortalecimento da cultura indígena foi repensada à medida que a interlocução mantida nos fez ver a viabilidade do diálogo intercultural em sua complexidade. Esperamos contribuir para superar a dicotomia entre o conhecimento científico e a cultura tradicional nas proposições curriculares da educação escolar indígena e não indígena.
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