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Resumen de Impacto psicológico da pandemia da covid-19 na população geral

Catarina Figueiredo, Madalena Cunha, Liliana Sousa, Eduardo Santos

  • A doença de Coronavírus de 2019 conhecida por COVID 19 teve início em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China, propagando-se rapidamente por todo o mundo, levando sistemas de saúde à beira da rutura (Huang et al., 2020; Lu, Stratton, & Tang, 2020; World Health Organization, 2020a) e impondo restrições severas à população em geral (Li et al., 2020). A 11 de março de 2020, os índices de propagação exponencial e o elevado grau de infeção da COVID-19, determinaram a classificação do surto como uma pandemia (World Health Organization, 2020b). Apesar de ser prevista como menos virulenta e com uma menor taxa de mortalidade, a COVID-19 devido aos seus períodos de incubação mais longos resulta num número significativo de portadores assintomáticos (Chen, 2020; Mahase, 2020; Zou et al., 2020). O número de casos confirmados cresce continuamente a nível mundial, e oito meses após o início do surto foram notificados mais de 24 milhões de casos e mais de 827,000 mortes (World Health Organization, 2020c).

    Este rápido crescimento exponencial juntamente com as grandes mudanças que vieram a ocorrer na vida diária da população gerou sentimentos de medo e alarmismo (Alkhamees, Alrashed, Alzunaydi, Almohimeed, & Aljohani, 2020). Esta pandemia não afetou apenas diretamente aqueles que foram infetados pela COVID-19, colocando em risco a sua saúde física, mas também indiretamente colocou em risco a saúde mental da população (Zhao, An, Tan, & Li, 2020). Historicamente vários estudos foram produzidos sobre a saúde mental da população durante situações de confinamento, isolamento social e quarentena que resultam da intenção de conter a propagação de doenças (Alkhamees et al., 2020). A COVID-19 proporcionou um momento particular para o desenvolvimento de vários estudos recentes que apontam efeitos severos sobre a saúde mental da população (Alkhamees et al., 2020; Banna et al., 2020; Gualano, Lo Moro, Voglino, Bert, & Siliquini, 2020; Paulino et al., 2020; Verma & Mishra, 2020; Zhao et al., 2020). Efetivamente, a COVID-19 já é reconhecida como uma causa direta e indireta de consequências sociais e psicológicas que se podem repercutir na saúde mental da população e que se podem traduzir em transtornos de stress graves, ansiedade, irritabilidade, baixa concentração e indecisão, deterioração do desempenho no trabalho, transtornos de stress pós-traumático, alto sofrimento psicológico, sintomas depressivos e ainda insónia (Gualano et al., 2020). Desta forma, torna-se clara a necessidade de se estudar o impacto psicológico da pandemia da COVID-19 na população geral. Apesar da pluralidade e diversidade de estudos já desenvolvidos, descrever este impacto e os seus vários fatores associados, torna-se urgente para permitir a implementação de estratégias que atenuem as suas consequências nefastas em termos de saúde mental (Banna et al., 2020).

    Uma pesquisa preliminar na JBI Database of Systematic Reviews and Implementation Reports, Cochrane Database of Systematic Reviews, PROSPERO, PubMed e CINAHL revelou que atualmente não há outra revisão (publicada ou em curso) sobre este tema. Como a evidência nesta área se encontra dispersa propomos uma revisão que procura sintetizar a prevalência de resultados (outcomes) psicológicos e de saúde mental da população em geral adquiridas em tempo de pandemia COVID-19. Para isso definimos como questão de investigação: Qual é a prevalência de resultados (outcomes) psicológicos e de saúde mental da população em geral adquiridas em tempo de pandemia COVID-19?


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