A Esclerose Tuberosa (ET) é uma doença autossômica degenerativa caracterizada por nódulos benignos em diversos órgãos do corpo, inclusive o cérebro. Comparada a outras patologias há escassez de publicações a cerca de suas características, tratamentos e prognóstico. Os acometimentos gerados por essa patologia afetam cada indivíduo de maneira muito peculiar. A aquisição da linguagem é um processo que exige maturação e estimulação e por esse motivo a terapia fonoaudiológica em crianças com atraso no desenvolvimento da linguagem relacionado a patologias como a ET é tão importante. Na ET o Sistema Nervoso Central pode ser acometido através de tuberosidades corticais, nódulos subependimários ou astrocitoma gigante subependimário, favorecendo o desenvolvimento anormal do córtex cerebral e dificultando a comunicação entre os neurônios, relacionando-se diretamente com o retardo mental, distúrbios de comportamento e, consequentemente no déficit de aquisição e desenvolvimento da linguagem. A terapia fonoaudiológica em pacientes com déficit cognitivo busca estimular os aspectos sensorial, visual e auditivo, adequar às funções estomatognáticas (respiração, mastigação, deglutição) e o sistema fonético e fonológico da criança. Esta pesquisa pretende descrever um caso clínico de Atraso no Desenvolvimento da Linguagem em uma criança com ET, abordando aspectos relativos à intenção comunicativa, a intervenção fonoaudiológica e os ganhos de linguagem considerando as peculiaridades da ET. O sujeito desta pesquisa é do gênero masculino, 04 anos de idade, com diagnóstico nosológico de Esclerose Tuberosa e diagnóstico fonoaudiológico de Atraso de Linguagem associado à patologia, em tratamento fonoaudiológico na clínica de Fonoaudiologia da Universidade Guarulhos. O estudo está sendo realizado através da análise do prontuário do paciente durante a qual observam-se os benefícios gerados pela terapia de intervenção fonoaudiológica que acontece na forma de interação com a criança, trabalhando a troca de turno e a adequação da linguagem através da atribuição da função às palavras que formam o vocabulário do paciente. Após a intervenção fonoaudiológica, nota-se melhora na intenção comunicativa da criança, além de aumento do número de palavras emitidas, ainda que com distorção fonética.
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