A entomofauna corresponde a 90% do filo Arthropoda, e representa 75% de todos os animais da superfície do planeta. Estudos sobre a diversidade e abundância dos insetos podem prover uma rica base de informações sobre o grau de integridade dos ambientes em que se encontram, auxiliando na conservação da biodiversidade. O estudo teve como objetivos inventariar a ocorrência dos principais grupos taxonômicos e obter dados sobre a frequência de ocorrência das espécies encontradas, proporcionando conhecimento sobre a ecologia de Insecta em áreas antropizadas. O trabalho foi realizado entre fevereiro e setembro de 2011, no campus centro da Universidade Guarulhos. As técnicas de coleta foram: coleta manual, guarda-chuva entomológico e armadilha de Shannom. Os espécimes foram conservados em meio liquido e em meio seco e encaminhados ao laboratório do Grupo de Estudos em Arachnida (G.E.A.) para identificação. Foram coletados 507 espécimes, sendo 96 da classe Arachnida e 411 da classe Insecta, distribuídos em 12 ordens, Blatodea, Collembola, Coleoptera, Diplura, Diptera, Hemiptera, Hymenoptera, Isopoda, Lepidoptera, Odonata, Orthoptera e Tisanura. As ordens com maior frequência de ocorrência foram: Hymenoptera (41.1%), Coleoptera (38.1%), Diptera (21.1%) e Hemiptera (20.7%). Hymenoptera foi maior em relação a Coleoptera, fato que pode estar relacionado a maior sensibilidade das larvas de coleópteros frente à variação de temperatura característica de áreas antropizadas. Além disso, a sociabilidade dos himenópteros promove um número maior de indivíduos por área, que se aproveitam da variabilidade alimentar vegetal oferecida pela paisagem do campus e é a ordem frequentemente encontrada durante o processo de regeneração de áreas degradadas. A ordem Diptera foi a terceira mais abundante, fato possivelmente relacionado ao significante papel desse grupo na decomposição de matéria orgânica, visto que há vários cestos de lixo utilizados pelos alunos e espalhados pelo campus, além de sua sinantropia. Os espécimes das ordens Coleoptera, Diptera, Hemiptera, Hymenoptera, Lepidoptera e Orthoptera, são os mais importantes bioindicadores, permitindo dessa forma a avaliação de alterações ambientais, indicando estado de conservação ou degradação
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