Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Luandino, João Vêncio e suas memórias emprestadas

  • Autores: Renato dos Santos Pinto
  • Localización: Abril: Revista do Estudos de Literatura Portuguesa e Africana - NEPA UFF, ISSN-e 1984-2090, Vol. 11, Nº. 22, 2019 (Ejemplar dedicado a: Projeções do eu e a escrita de si), págs. 77-86
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Luandino, João Vêncio and their borrowed memories
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      Recording the memory of a fact, just as it happened, is not a trivial task, perhaps not even possible. Even when one seeks impartiality, when narrating something of the memory is inevitable its contamination by the repertoire and pre-existing cultural values in the universe of the narrator. But this does not happen only about individual memories: The finding that official history is also a discourse, therefore uttered by someone from somewhere, ends up establishing a relation between his studies and those that approach the discursiveness of memory. When it comes to literary fiction the issue gets even more complex. In this article, from the narrative João Vêncio: os seus amores, by Luandino Vieira, we intend to address issues related to fiction, memory and history. The narrator tells in first person his amorous memories to a fellow prisoner. The adventures and misadventures of João Vêncio gain a peculiar coherence when narrated from the point of view of an Angolan mestizo, oppressed by the colonizer. The chaining of arguments is offered with great skill, challenging the logic imposed by the dominant culture. Between the lines of the story of the loves of the narrator-character it is possible to glimpse aspects of the militant project claimed by Luandino Vieira. Thus, our reading will seek to highlight elements of resistance to colonialism and to identify how a certain point of view can influence the discursiveness of memory from its fictionalization.

    • português

      Registrar a lembrança de um fato, exatamente como ocorreu, não é uma tarefa trivial, talvez sequer possível. Mesmo quando se busca a imparcialidade, ao se narrar algo da memória é inevitável sua contaminação pelo repertório e os valores culturais pré-existentes no universo de quem narra. Mas isso não ocorre somente com as memórias individuais: a constatação de que a história oficial também é um discurso, portanto proferido por alguém de algum lugar, acaba por estabelecer uma relação entre seus estudos e aqueles que abordam a discursividade da memória. Quando se trata de ficção literária a questão ganha maior complexidade ainda. Neste artigo, a partir da narrativa João Vêncio: os seus amores, de Luandino Vieira, pretende-se abordar questões relacionadas à ficção, memória e história. O narrador conta em primeira pessoa suas memórias amorosas a um colega de prisão. As aventuras e desventuras de João Vêncio ganham uma coerência peculiar ao serem narradas do ponto de vista de um angolano mestiço, oprimido pelo colonizador. O encadeamento dos argumentos é oferecido com grande habilidade, desafiando a lógica imposta pela cultura dominante. Nas entrelinhas da história dos amores do narrador-personagem é possível entrever aspectos do projeto militante reivindicado por Luandino Vieira. Assim, nossa leitura buscará destacar elementos de resistência ao colonialismo e identificar como um determinado ponto de vista pode influenciar a discursividade da memória a partir de sua ficcionalização.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno