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Morrer, pensar, escrever: pactos do eu autoral

  • Autores: Maria Lúcia Wiltshire Oliveira
  • Localización: Abril: Revista do Estudos de Literatura Portuguesa e Africana - NEPA UFF, ISSN-e 1984-2090, Vol. 11, Nº. 22, 2019 (Ejemplar dedicado a: Projeções do eu e a escrita de si), págs. 39-50
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • To die, to think, to write: covenants of the authorial self
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      O poeta pensa na palavra e nela morre. O poeta “morre de pensar” (Quignard) e morre de escrita. Pensar, morrer, escrever são atos em simultâneo ao efeito da escrita e a qualquer distância da morte. Por vezes uma forte experiência de desamparo pode iluminar a vertigem deste encontro que permite ao autor encenar-se como “morto”. É o que ocorre com Blanchot num texto curto e híbrido entre ficção e escrita de si – O instante da minha morte -, que motivou Derrida a escrever um longo ensaio. Morto desde que enunciado, o autor se dobra a serviço do que lhe advém: um novo eu e um novo real que o pensamento permite pela escrita. Ceder ao incognoscível é desaparecer e deixar que corpo e ideias façam o seu trabalho na encenação de uma “inconcreta” morte. Assim como o sonho, o pensamento se produz a partir de conceitos/palavras que inventam liames e sentidos entre as imagens dispersas, lugar onde somos/estamos desde sempre perdidos. Em torno do exposto, o artigo pretende refletir sobre a escrita em conexão com a morte, a partir do pensamento de Blanchot e alguns antecessores (Hegel, Valéry), com o objetivo de abordar, não só a especificidade do literário, mas ainda algum aspecto não-literário da linguagem, catalogado como testemunhal, de modo a encontrar a indecidibilidade. No lugar de limites, acena-se ao conceito de limiares para investigar alguns pactos do eu autoral, em Herberto Helder, Gonçalo M. Tavares e no próprio Blanchot.

    • English

      The poet thinks of the word and dies in it. The poet “dies of think” (Quignard) and dies of write. To thinking, to die, to write are simultaneous acts to the effect of the writing and any distance from death. Sometimes a strong experience of helplessness can illuminate the vertigo of this encounter that allows the author to act as “dead.” This is what happens to Blanchot in a short, hybrid text between fiction and self-writing - the moment of my death - that motivated Derrida to write a long essay. Dead from the moment he is uttered, the author double himself in the service of what comes to him: a new self and a new real that thought allows by writing. To yield to the unknowable is to disappear and let your body and ideas do their work in the staging of an “imaterial” death. Like the dream, the thought is produced from concepts / words that invent liames and senses between the scattered images, where we are / have always been lost. Around the above the article intends to reflect on the writing in connection with the death, from the thought of Blanchot and some predecessors (Hegel, Valéry), with the objective to approach not only the specificity of the literary, but still some common language, named as testimony , in order to find the undecidability. In place of limits, the concept of thresholds is suggested to investigate some covenants of the authorial self, in Herberto Helder, Gonçalo M. Tavares and in Blanchot himself.


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