Until the middle of the last century, some coins issued by Sixth/Twelfth-Century LusoIslamic governors or princes were only known in collections outside of Portugal. It has been only through recent archeological discoveries in Portugal that interest in this numismatic activity has increased, attracting the attention of local researchers, both numismatists and Arabists. These studies and analyses have given us a more complete and precise picture of the context of these issues, which can be described as local issues of Islamic coins in the extreme Southwest of the Iberian Peninsula (Gharb al-Andalus al-Aqsā), which is now Portugal. They occurred exclusively and, curiously enough, only during a short period of less than fifteen years (539-552 A.H. / 1144- 1157 A.D.), the period known as ‘Second Taifas’ or ‘Almoravid Taifas’. Apart from various mobile ‘palatine’ mints that rotated between Mértola, Silves, Beja and Evora, the production was also quite diverse in terms of metal weight, which were mainly in silver (no copper!). The most interesting aspect of these coins is that their inscriptions eloquently reflect the historic political facts that occurred in this part of the old Hispania during that troubled Arabic/Berber Islamic period. This reinforces the value and interest of this archeologic legacy. Divided into 2 Parts focusing the two main figures who issued the coins or were associated by others in their own issues: Ibn Qasī of Mértola and Silves, and Ibn Wazīr of Evora, this essay is duly integrated in the appropriate numismatic and historic contexts. It aims to offer a global and critical overview in which former studies are incorporated, corrected or completed.
Até meados do século passado, conheciam-se algumas moedas cunhadas por governantes ou príncipes luso-islâmicos de meados do século VI/XII, conservados fora de Portugal. É só com as achegas arqueológicas em solo nacional é que o interesse para essa actividade numária atraiu os investigadores locais, sejam eles numismatas ou arabistas. Esses estudos e análises acabaram por nos fornecer um quadro mais completo e preciso da situação, a saber: a emissão de moedas islâmicas autóctones, no extremo Sudoeste andaluz (Gharb alAndalus al-aqṣā) tornado “português”, teve de facto lugar exclusiva e curiosamente durante o escasso tempo de pouco menos de quinze anos (539-552/1144-1157), em pleno período das “segundas taifas” ou “taifas almorávidas”. Além de várias cecas “palatinas” e móveis, que passaram por Mértola, Silves, Beja e Évora, a produção foi bastante diversificada quanto aos valores do metal, predominantemente prata (e nada em cobre!). O mais interessante é que as legendas respectivas reflectem eloquentemente as peripécias histórico-políticas pelas quais passara essa parte da antiga Hispania na conturbada época islâmica ou árabo-berbere em apreço. O que confere ao espólio existente uma redobrada mais-valia. Dividido em 2 Partes, entorno das duas figuras principais que emitiram moedas ou que outras referem: Ibn Qasī de Silves e Mértola, e Ibn Wazīr de Évora − e ligando a numismática à contextualização histórica apropriada −, o presente ensaio pretende oferecer um apanhado crítico e global, integrando, corrigindo ou completando o que se publicou em meio século de investigação numismática
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