Este trabajo presenta tres aspectos críticos relacionados con la filosofía en estos tiempos de pandemia. El primero tiene que ver con el fin de la Lechuza de Minerva como símbolo universal de la filosofía, es decir el fin de la idea de que la filosofía solo llega a explicar el mundo una vez que han acaecido los hechos. Se defiende la idea de una simultaneidad de la filosofía con los hechos y un cierto poder transformador del pensamiento. El segundo realiza una distinción crítica, desde un horizonte latinoamericano y del Sur Global (que es desde donde los latinoamericanos debemos pensar si queremos filosofar con sentido), entre ‘Metafísica/Ontología del ser universal y abstracto’ y ‘Onto-logías históricas del ser-aquí’. Se defiende la significatividad y el valor de las onto-logías históricas como dispositivos teóricos de descolonización frente a las metafísicas. Las ‘onto-logías históricas del ser-aquí’ se preguntan, no por el ser abstracto, sino por la existencia y la vida cotidiana puestas en peligro por la pandemia. Ello permite en la tercera parte posicionar a la vida, no solo como un valor ético capaz de orientar la acción humana, sino como fundamento universal y categoría crítica. Como conclusión se sostiene la idea de que la pandemia ha revelado el verdadero fin de la modernidad eurocéntrica y ha abierto el desafío de pensar en sociedades diversas pero iguales en el derecho a la existencia y a la vida.
This work presents three critical aspects related to philosophy in these times of pandemic. The first has to do with the end of Minerva's Owl as a universal symbol of philosophy, that is, the end of the idea that philosophy only manages to explain the world once the events have occurred. The idea of a simultaneity of philosophy with the facts and a certain transforming power of thought is defended. The second makes a critical distinction, from a Latin American and Global South horizon (which is where Latin Americans must think if we want to philosophize with meaning), between ‘Metaphysics / Ontology of the universal and abstract being’ and ‘Historical ontologies of the be-here’. The significance and value of historical ontologies as theoretical decolonization devices are defended against metaphysics. The ‘historical onto-logies of being-here’ ask themselves, not about being abstract, but about existence and daily life endangered by the pandemic. This allows in the third part to position life, not only as an ethical value capable of guiding human action, but also as a universal foundation and a critical category. As a conclusion, the idea that the pandemic has revealed the true end of Eurocentric modernity and has opened the challenge of thinking in diverse but equal societies in the right to existence and life is upheld.
Este trabalho apresenta três aspectos críticos relacionados com a filosofia nestes tempos de pandemia. O primeiro tem a ver com o fim da Coruja de Minerva como símbolo universal da filosofia, ou seja, o fim da ideia de que a filosofia só consegue explicar o mundo uma vez que os acontecimentos tenham ocorrido. A ideia de uma simultaneidade da filosofia com os factos e um certo poder transformador do pensamento é defendida. A segunda faz uma distinção crítica, a partir de um horizonte Sul Latino-americano e Global (que é onde os latino-americanos devem pensar se queremos filosofar com sentido), entre 'Metafísica / Ontologia do ser universal e abstracto' e 'ontologias históricas do ser-em-lugar'. O significado e o valor das ontologias históricas como dispositivos teóricos de descolonização são defendidos contra a metafísica. Os 'ontologias históricas do estar-aí" questionam-se, não sobre ser abstracto, mas sobre a existência e a vida quotidiana ameaçada pela pandemia. Isto permite, na terceira parte, posicionar a vida, não só como um valor ético capaz de orientar a acção humana, mas também como um fundamento universal e uma categoria crítica. Como conclusão, a ideia de que a pandemia revelou o verdadeiro fim da modernidade eurocêntrica e abriu o desafio de pensar em sociedades diversas mas iguais no direito à existência e à vida é defendida.
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