Resumen de Ação Rua: uma experiência de educãçao social de rua em Porto Alegre/rs - Brasil
A cidade de Porto Alegre, Capital do estado do Rio Grande do Sul, situado ao sul do Brasil, preocupa-se há muito com o fenômeno social da situação de rua de crianças, adolescentes e suas famílias. A questão do que fazer para acolher e atender as demandas dessa população – garantir a efetivação de seus direitos como cidadãos(ãs), seu acesso aos serviços da Rede de Proteção (de saúde, de educação, de justiça e de assistência social) e prevenir novas situações – são pautas de discussão e objeto de planejamento sistemático de ações do poder público municipal desde o início dos anos 1990. O desenvolvimento de diferentes projetos e ações de atendimento a crianças, adolescentes e suas famílias em situação de rua em Porto Alegre foi construído em espaços institucionais de debate dos(as) trabalhadores(as) que atuavam diretamente com essa população e desdobraram-se, desde 2007 até a atual configuração, o serviço Ação Rua. Apesar de ser inicialmente uma ação intersecretarial, ou seja, que envolve diferentes secretarias do município em seu planejamento e execução (PAICA-RUA, 2002), atualmente o serviço de abordagem social é coordenado pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC)1, órgão municipal responsável pela organização e supervisão das ações da Assistência Social na cidade, e executado em parcerias com organizações não governamentais (ONGs). A intenção deste trabalho é descrever as atividades do atual serviço de abordagem social de rua da cidade de Porto Alegre, com recorte etário em crianças e adolescentes, o Ação Rua, e apontar alguns de seus limites e potencialidades, a fim de partilhar estratégias exitosas e contribuir na reflexão crítica e no avanço de pontos limitadores da ação socioeducativa. Para tal, será utilizado como referência o projeto técnico Serviço de Abordagem Social – Ação Rua, datado de abril de 2012, documento oficial que indica os objetivos, as metodologias e os indicadores avaliativos do serviço. A experiência e as observações do pesquisador em mais de três anos em que atuou como Educador Social de Rua no serviço também serão utilizadas para a análise.
