Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Mário de Andrade: a viagem como conversão “folclorista”

  • Autores: Karla Adriana de Aquino
  • Localización: Ars Historica, ISSN-e 2178-244X, Nº. Extra 1, 2015 (Ejemplar dedicado a: Anais da IX Jornada de Estudos Historicos profesor Manoel Salgado), págs. 154-165
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      Mário de Andrade propõe um projeto intelectual que venha responder à necessidade de documentar os elementos constituidores da cultura brasileira, ideia presente já em seus artigos após a sua primeira viagem a Minas Gerais, em 1919, ainda que, num primeiro momento (1917-1924), o núcleo de suas reflexões seja a inserção do país na ordem internacional por meio do modernismo. Neste sentido, o folclore e a cultura popular surgem como espelhos do localismo na interpretação da identidade brasileira, de acordo com Antonio Candido, para quem o ―desrecalque localista‖ consistia na superação do complexo de inferioridade em relação à Europa que dominava o país, condenando-o à imitação das culturas mundialmente hegemônicas. Para Eduardo Jardim de Moraes, é somente a partir de 1924 - data da viagem a Minas Gerais que Mário de Andrade faz com Blaise Cendrars e alguns modernistas, como Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade -, que a questão central do modernismo passa a ser a constituição de uma estética que tem como fundamento a tradição, identificada como elemento de ―autenticidade‖ da cultura brasileira, único caminho de se alcançar o cosmopolitismo. Considera-se, a partir de então, que o particular leva ao universal. Se, por um lado, antes de 1924, o experimentalismo estético do modernismo é identificado como revolucionário porque rompia com a literatura passadista, propondo uma atualização da produção cultural que encontra paralelo com a estetização do cotidiano proposta pelos movimentos europeus coetâneos, por outro, a partir da viagem de 1924, a revolução da linguagem faz uso também de outras abordagens, levando Mário de Andrade à análise etnográfica. À experiência iniciática que são para Mário de Andrade suas viagens pelo Brasil – desde as viagens a Minas Gerais, em 1919 e 1924 –, soma-se o seu caráter de observação de uma realidade considerada ―autêntica‖, permitindo-lhe elaborar um discurso analítico que se consolidaria com suas viagens posteriores ao Norte e Nordeste, em 1927, 1928 e 1929. Assim, a conversão de Mário de Andrade a uma nova etapa do modernismo, definitiva para sua representação, através de sua iniciação nas manifestações culturais tradicionais, na dimensão iniciática de sua experiência corporal, é, em suma, o resultado de suas experiências de viagens, que o conduz não só à renovação literária de sua obra, mas à realização de seu conceito de arte-ação, de engajamento intelectual na tarefa de gestação de uma tese que afirma a identidade cultural do Brasil sob uma perspectiva fundada na valorização da tradição popular

    • English

      Mario de Andrade suggests an intellectual project that would bring an answer to the need of registering elements that constitute the Brazilian culture, an idea that is present in his articles right after his first trip to Minas Gerais, in 1919, even though, in the first moment, between 1917 and 1924, the core of his reflections focused on the insertion of the country into the international order through Modernism. In this sense, the folklore and the popular culture arise as mirrors of the ―localism‖, as an interpretation of the Brazilian identity, as also seen by Antonio Candido, to whom the ―localist relaxation‖ consisted on overwhelming the inferiority complex in relation to Europe, which dominated the country, condemning it to the imitation of hegemonic cultures. For Eduardo Jardim de Moraes, only after 1924, back from his trip to Minas Gerais, Mario de Andrade, Blaise Cendrars and a few modernists — like Tarsila do Amaral and Oswald de Andrade — , believed that the center of the Modernism becomes the constitution of an aesthetic which has, as its fundament, the tradition identified as element of ―authenticity‖ of the Brazilian culture, and the only way to reach the cosmopolitism. This accepted, one shall see that the particular takes to the universal. Before 1924, if on one hand the aesthetic experimentalism of the Modernism is identified as revolutionary for it ruptures with the literature of the past, proposing an actualization of the cultural production that finds a parallel with the daily ―aesthetization‖ suggested by existing European movements, on the other hand, since that 1924‘s trip, the revolution of the language makes use, as well, of other approaches, taking Mario de Andrade to ethnographic analyses. To the initiatic experience that those travels through Brazil represented to Mario de Andrade — since the ones taken to Minas Gerais in 1919 and 1924 —, one must add the reality observation character of those trips, thus considered ―authentic‖, and so allowing Mario to elaborate an analytic statement that would consolidate itself with his next travels to the North and Northeast in the years of 1927, ´28 and ´29. Therefore, Mario de Andrade‘s conversion into a new phase of the Modernism, a conversion that was definitive for the representation of it through his introduction to the traditional cultural manifestations at the initiatic dimension of his corporal experience is, to put it short, the result of his travel experiences, which conducted him not only to the literary renovation of his work, but to the concretization of his art-action concept, and the intellectual engagement on the task of managing the thesis that declares the cultural identity of Brazil under a perspective based on the valorization of the popular tradition


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno