Os registros relativos às observações visuais do número de manchas solares caracterizam a atividade do Sol ao longo dos últimos 403 anos. Para estabelecer uma relação quantitativa da variabilidade solar é necessário estender os registros das alterações nas manchas solares para épocas remotas. Essa extensão da variabilidade solar pode ser averiguada pelo uso de radionuclídeos, tais como o 14C, encontrado em anéis de árvores e de corais. Eles fornecem informações indiretas sobre a atividade solar com uma resolução temporal máxima de um ano, dependendo da meia-vida e da idade do arquivo investigado. Trabalhou-se com medições dos registros de 14C usando a análise dendrocronológica dos anéis de crescimento em amostras de corais tropicais e subtropicais por meio das técnicas da espectroscopia de massa com aceleradores. Também foram utilizados os registros de 14C em corais e manchas solares (usando o número de Wolf - Rz), presentes na literatura. Relacionando esses dados foi possível reconstruir os números de manchas solares e determinar as variações sobre a atividade solar ao longo dos últimos 26000 anos. Os resultados obtidos após aplicar os métodos de análise espectral possibilitaram determinar periodicidades próximas a 11, 22, 88, 208, 232 e 2241 anos, caracterizando-as como os principais ciclos de atividades do Sol. Uma análise entre a atividade solardeterminada por esses procedimentos e a interação Sol-Terra é abordada, implicando em explicações para algumas alterações no clima do planeta
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