Brasil
No documentário Uma longa viagem (2011), de Lucia Murat, múltiplas camadas de recursos narrativos, estéticos e de recolha de arquivo (como fotografias de acervo pessoal e excertos de obras audiovisuais de fontes externas;
depoimentos; performance; narração verbal; edição de imagens e de sons por sobreposição e justaposição temática alternada, entre outros modos) acessam e esmiúçam memórias em busca de uma releitura do passado motivada pela narrativa epistolar familiar, daí extraindo significações múltiplas e atuais. Assim como as diversas camadas de recursos narrativos, a obra perpassa instâncias coletivas e pessoais de memórias sobreviventes: a do passado histórico e político-social dos anos de 1960 e 1970, a geracional e a pessoal e familiar. Esta pesquisa se destina a uma análise narrativa ético-estética do filme de Lucia Murat visando estabelecer o conceito de um documentário políticoepistolar contemporâneo.
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