Argentina
Un vínculo problemático, plagado de tensiones y contradicciones, parece unir a Elvira Orphée con Tucumán, la provincia donde nació y el ámbito representado en muchos de sus textos. Este artículo explora una de las aristas de ese vínculo problemático llamando la atención sobre el hecho de que la figura de la autora aparece ficcionalizada en Pretérito perfecto, novela de 1983 de otro autor tucumano, Hugo Foguet. Luego de revelar los elementos que permiten relacionar al personaje de la Negra Fortabat con Orphée, el análisis abre interrogantes sobre los posibles motivos de ese movimiento de ficcionalización y sus implicancias en cuanto a la figura de escritor de Foguet. Plantea que la presencia figurada de la autora en Pretérito perfecto opera en, al menos, tres sentidos, estrechamente ligados entre sí: 1) desencadenar la polémica en torno a cómo escribir una novela en general y una novela sobre Tucumán en particular; 2) encarnar una contrafigura de escritor que permita hacer una necesaria tabula rasa de todo antecedente para mostrar cuán disruptiva y “fundante” es la propia novela de Foguet; 3) representar las tensiones entre un campo literario periférico, como lo sería el tucumano para ciertos personajes de Pretérito perfecto, y un campo central porteño.
A problematic link made of tensions and contradictions relates Elvira Orphée to Tucumán, the Argentinian province where she was born and the space represented in many of her texts. This paper explores one of the aspects of this problematic link by revealing the fact that the author’s figure is fictionalized in Pretérito perfecto, novel published in 1983 by another writer from Tucumán, Hugo Foguet. After pointing out the elements which allow to relate Negra Fortabat, the character in the novel, to Orphée, the analysis meditates on the probable reasons for such fictionalization and on its implications regarding the image that Foguet constructs of himself as a writer. It is postulated that the figurative presence of Orphée in Pretérito perfecto works in at least three directions, intimately related to each other: 1) to develop the dispute over how to write a novel in general and how to write a novel about Tucumán in particular; 2) to incarnate the counter figure of a writer, which enables to make a necessary tabula rasa over every antecedent and to show, in that way, how disruptive and foundational the novel by Foguet is in itself; 3) to represent the tensions between a peripheral literary field located in Tucumán and a central literary field located in Buenos Aires.
Um vínculo problemático, cheio de tensões e contradições, parece ligar Elvira Orphée a Tucumán, a província onde ela nasceu e o cenário representado em muitos de seus textos. Este artigo explora um dos pontos desse elo problemático, chamando a atenção para o fato de que a figura da autora aparece na ficção, Pretérito perfeito, um romance de 1983 de outro autor de Tucumán, Hugo Foguet. Depois de revelar os elementos que permitem relacionar o personagem de La Negra Fortabat com Orphée, a análise abre questões sobre as possíveis razões para esse movimento de ficção e suas implicações em quanto à figura do escritor Foguet. Argumenta que a presença figurativa do autor no Pretérito perfeito opera em pelo menos três sentidos, intimamente ligados entre si: 1) desencadear a controvérsia em torno a como escrever um romance em geral e um romance sobre Tucumán em particular; 2) incorporar uma contra figura do escritor que permita a necessidade de ter uma tábula rasa, para que todo antecedente mostre como perturbador e "fundamental" é o romance de Foguet; 3) representam as tensões entre um campo literário periférico, como seria o tucumano para certos personagens no Pretérito perfeito, e um campo central portenho.
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