Priscila do Nascimento Silva, José Euzébio Simões Neto, Flávia Cristiane Vieira da Silva
O processo de transposição didática pode ser entendido como o conjunto de modificações que o saber sofre, da esfera acadêmica (saber científico) para o âmbito escolar, em duas etapas: externa (produz o saber a ser ensinado) e interna (produz o saber ensinado). Neste trabalho, analisamos incialmente a fase externa da transposição, observando modificações que o saber sofre até chegar a sala de aula, para o conteúdo de reações orgânicas. Em seguida, procuramos identificar a relação de três professores do Ensino Médio com este conteúdo através de entrevistas, em busca de evidências do trabalho intramuros da sala de aula, na etapa interna da transposição. Observamos as modificações ocorridas no processo de didatização: criações didáticas, supressões e deformações. Os professores trabalham reações orgânicas com tempo reduzido, aceitando as modificações, e, em alguns casos, realizando novas ações, mas ignorando a importância dos processos de recontextualização e repersonalização do saber.
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