Brasil
This study aims to reflect on Science Fiction of female authorship during the twentieth century in Brazil. For a long time, this genre remained marginalized, being considered unrepresentative in the national artistic agenda. Its speculative and futuristic feature, associated with scientific technological advances, seemed not to dialogue with Brazilian social and cultural scene limiting its expressiveness. More recent researches have been taking a closer look at the specified productions from the beginning of twentieth century, especially on women production, and have shown that this genre has been used as a vehicle for reflections and critiques when it comes to the social transformations that occurred as a result of technological advances. In this sense, we will take as object of analysis Asilo nas Torres (1979), by Ruth Bueno, written in a historical moment of social transformations. To do so, we build on the literary scholarship of Araújo (2018; 2016), Ginway (2010; 2004) and Shaw (2010), among others.
O presente estudo visa refletir sobre a Ficção Científica de autoria feminina, no Brasil do século XX. Durante muito tempo, este gênero permaneceu marginalizado, sendo considerado pouco representativo dentro da agenda artística nacional. Seu caráter especulativo e futurístico, associado aos avancos técno-científicos parecia não dialogar com o cenário socio-cultural brasileiro, o que limitava sua expressividade. Pesquisas mais recentes vêm lançando olhar mais atento às produções especulativas produzidas a partir do inicio do século XX, sobretudo aquelas produzidas por mulheres e mostrado que este gênero vem sendo fortemente usado como veículo de reflexões e elucubrações no tocante às transformações sociais ocorridas em decorrência dos avanços tecnológicos. Nesse sentido, tomaremos como objeto de análise a obra Asilo nas Torres (1979), de Ruth Bueno, escrita em um momento histórico conturbado de transformações sociais. Como suporte teórico, traremos à baila os estudos do crítico de Araújo (2018; 2016), Ginway (2010; 2004) e Shaw (2010), dentre outros.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados